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Publicada: 28/09/2018

Cotriel presente no Fórum de Mercados e Tendências promovido pela Fecoagro

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Fonte: Ascom Fecoagro

Uma comitiva da Cotriel , liderada pelo presidente Leocezar Nicolini e também composta pelo gerente de insumos, Amarildo Provensi e o encarregado do setor de comunicação, Roger Nicolini, participou, nesta nesta quarta-feira, 26 de setembro, do Fórum de Mercados e Tendências - O Agronegócio e o Cooperativismo, promovido pela Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS) com o apoio do Sescoop/RS, em Lajeado.

Pela manhã, a especialista em tecnologias e influenciadora digital Martha Gabriel falou sobre a Transformação Digital no Agronegócio. Com exemplos do mercado, trouxe uma reflexão sobre as transformações que as tecnologias vêm trazendo para a sociedade e, especialmente, para o mundo dos negócios. Lembrou aos participantes que a tecnologia nunca é neutra e sempre traz coisas boas e coisas ruins, quer o público use ou não. Reforçou também que o digital está transformando a sociedade, o nosso corpo, o nosso cérebro. “O ser humano é o que é, devido a estas transformações. A tecnologia vai mudando a gente", salientou.

Assista aqui a entrevista com Martha

https://www.facebook.com/Cotriel/videos/1123029351206406/?eid=ARDzcu6441tuhwm02Ieu9Ghyta_i2k5HMSiN_lFo2tQm2kNiek9_3IM3jdltbdMGpKOSdtAFrDeH8pRX

Pela parte da tarde, foram entregues os resultados das devolutivas para 27 cooperativas participantes do programa de autogestão, realizado pela FecoAgro/RS em parceria com o sistema Ocergs/Sescoop-RS.

Assista aqui a entrevista com Paulo Pires

https://www.facebook.com/Cotriel/videos/319741828811695/

Logo após, o consultor da Agroconsult, André Pessoa abordou o tema “Mercado e tendências para soja e milho”. Segundo ele, diferentemente de riscos climáticos ou de mercado, onde o produtor pode prever, se planejar e se proteger, as incertezas no país, como o cenário eleitoral, a guerra comercial entre China e Estados Unidos e a polêmica da tabela do frete, criam um cenário dos mais difíceis dos últimos tempos para o produtor.

Sobre as eleições, disse que a polarização entre dois extremos ainda trará uma tensão na expectativa até a definição do resultado final. Já em relação à tabela do frete, Pessoa salientou que até a colheita se chegará a uma solução, mas não se sabe ainda se terá um tabelamento valendo e qual vai ser. Já da guerra comercial Estados Unidos e China, o consultor ressaltou que “esta briga pode acabar amanhã ou daqui a dez anos. Mas quando mudar pode causar um terremoto no mercado”.

Com números da consultoria, Pessoa lembrou que na safra passada o Brasil exportou 49 milhões de toneladas para os chineses ante os 37 milhões de toneladas dos Estados Unidos. Se calculados os últimos 12 meses, o quadro é de 58 milhões de toneladas dos brasileiros e 30 milhões de toneladas dos americanos. A perspectiva, de acordo com o especialista da Agroconsult, é de que o Brasil pode alcançar até 80 milhões de toneladas devido a decisão do governo chinês de taxar em 25% a importação da soja dos americanos.

Em relação aos preços, Pessoa avaliou que os brasileiros poderão vender soja a valores competitivos e acima das expectativas, já que o principal mercado está com esta restrição de embarques dos Estados Unidos aos chineses, mas que os norte-americanos já estão abrindo margem em outros mercados para escoar o excedente da oleaginosa. “Aos poucos eles encontram o mercado para colocar o excedente de soja que têm. A indústria está tendo a maior margem para esmagamento e exportação de farelo de soja”, observou.

Pessoa afirmou esperar acima de US$ 9,00 o bushel em Chicago. A expectativa é de que o prêmio de exportação suba caso o dólar volte a um patamar de R$ 3,85. mas se o câmbio disparar e chegar a passar dos R$ 4,50, o produtor terá um preço irresistível. “O câmbio é a variável mais importante da definição dos preços nas próximas semanas”, avaliou.

No milho, o especialista reforçou que existe um problema estrutural de falta de milho no Sul do Brasil, mesmo com safra boa, sendo necessário abastecer o mercado ainda no primeiro semestre. “Teremos uma redução de exportação. No ano passado tivemos 27 milhões de toneladas e este ano deveremos chegar a no máximo 24 milhões de toneladas”, afirmou, acrescentando que também teve queda no consumo e que não há uma pressão sobre os preços do grão e só poderá ter variação de cotação se houver alta no câmbio.

Mesmo assim, a análise é de que a precificação do milho para a safra 2018/2019 é boa neste momento, com possibilidade de aumento de área especialmente na chamada segunda safra. “Se tenho preço futuro remunerador e possibilidade de plantar mais cedo, posso plantar a safrinha mais cedo também”, destacou.

Assista aqui a entrevista com André Pessoa

https://www.facebook.com/Cotriel/videos/307902789997567/?eid=ARDzcu6441tuhwm02Ieu9Ghyta_i2k5HMSiN_lFo2tQm2kNiek9_3IM3jdltbdMGpKOSdtAFrDeH8pRX

 

Fotos: Junior Oliveira/ Ocergs e Nestor Tipa Júnior/ Agroeffective