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Publicada: 20/11/2018

Qualidade do leite também está relacionada à alimentação dos animais

terça-feira, 20 de novembro de 2018

Fonte: Setor de Comunicação Cotriel

O médico veterinário Claudio Gomes Antunes destaca que uma boa alimentação também influi na qualidade do leite: “Há mais de quatro meses intensificamos juntamente com os técnicos de campo da CCGL  as visitas às propriedades Estamos  para conversar a respeito da importância do controle de células somáticas – CCS e contagem bacteriana – CTB.  O começo de tudo deve ser uma boa higiene nos equipamentos, utilizando orientando os detergentes alcalinos e muita água quente para lavar ordenhadeiras e teteiras, por exemplo e, também controlar a temperatura do resfriador.  O nosso associado está aceitando bem estas visitas e alguns que estavam inclinados a sair da atividade acabaram saindo, mas grande parte está entendendo o papel de seguir procedimentos básicos de higiene no dia a dia da propriedade, a fim de que produza mais e que o leite que é produzido lá tenha qualidade”, lembrou.

Cláudio chama a atenção que a  parte nutricional das vacas é tão importante quanto a de higiene para gerar qualidade ao leite: “Estamos  chegando ao período de vazio forrageiro, pois entre o período que vai da retirada da aveia e o azevém, e implantação da pastagem de milheto, sorgo e capim sudão ocorre um desequilíbrio nutricional das vacas que acabam ficando sem estes pastos, o que afeta diretamente na composição do leite. Uma vaca que pese entre 500 e 550 quilos e que produz entre 15 e 20 litros de leite precisa por dia consumir entre  40 a 50 quilos de pasto e de três a quatro quilos de ração, sal mineral, sombra e e água à vontade. O  leite esta ligado diretamente com o que a vaca come, se a vaca tiver deficiência nutricional de fibra e de volumoso, a sua saúde será afetada, influenciando diretamente na qualidade e produção de gordura do leite, podendo causar até água no leite”, reforçou.

Antunes ressaltou que uma vaca com uma doença metabólica está a um passo de produzir o Leite Instável Não Ácido – Lina, o qual não pode ser recolhido pelo transportador, não chegando ao Posto de Leite:  “Nosso posto sofre fiscalização do Ministerio da Agricultura e caso  seja detectada qualquer quantidade de leite fora dos padrões de qualidade ou gordura, pode haver atuação pois este leite que está não conforme para o consumo.  O produtor pode controlar estes percentuais, bastando  olhar na nota do leite  quanto deu a gordura e a proteína, dividindo um por outro. Se der 10,5  se corre o risco de ficar leite na propriedade de vocês. Para que isso não ocorra, desde já nos colocamos à disposição, para elaborar uma dieta adequada e que reverta estes índices e fazer silagem não só para um ano e sim para um ano e meio”, finalizou.

Ouça aqui a entrevista.