Publicada: 01/04/2014
terça-feira, 1 de abril de 2014
Neste ano, caminhões carregados com grãos produzidos principalmente no Centro-Oeste ajudam a complicar a situação das rodovias gaúchas. Das 9,5 milhões de toneladas de SOJA previstas para chegar ao porto de Rio Grande até o fim da safra, 500 mil têm como origem Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins. Outras 300 mil toneladas de milho vindos desses mesmos Estados desembarcarão aqui para fugir das tradicionais filas quilométricas nos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR).
O efeito, em um Estado que escoa quase 80% da safra por meio rodoviário, é imediato: aumento no preço do frete, em proporções que chegam a passar de 50%. Na região de Cruz Alta, uma das principais áreas produtoras, onde o custo por tonelada transportada até o porto não passa de R$ 50 durante o ano, neste período ultrapassa R$ 80. E há quem nem reclame do preço, desde que consiga o transporte. Com a nova lei dos motoristas, empresas estão com dificuldade para encontrar profissionais capacitados, impedindo o aumento da frota de caminhões na necessidade demandada.
Saudada pelo impacto positivo que traz à economia gaúcha e no equilíbrio da balança comercial, a terceira maior safra de SOJA do país mais uma vez se destaca pelo volume - fruto de investimentos em tecnologia agrícola. Da porteira para fora, porém, os grãos continuam sendo freados pela ineficiência logística.
Fonte: Zero Hora