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Publicada: 04/12/2012

Contratação de crédito rural registra alta em 2012

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Só na agricultura familiar, o aumento deve ficar em 12%. Na pequena produção, os créditos para custeio e investimento devem atingir R$ 17 bilhões, quase R$ 2 bilhões a mais do que julho a dezembro de 2011, valor acessado pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

— De um lado as notícias de que o clima vai se comportar de uma forma muito favorável. E de outro, os preços estão muito bons. Também tem um fato de que nós estamos numa safra que sucede uma safra frustrada, especialmente no sul: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Então, os agricultores estão procurando recuperar o prejuízo — afirma o diretor do Departamento de Financiamento e Proteção da Produção da Secretaria de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, João Guadagnin.

O número representa um acréscimo de 6%. E R$ 1 bilhão ainda está disponível.

— Apesar de todos os esforços que têm sido emanados por todos os entes, inclusive os financeiros, ainda há um pouco acesso por parte dos agricultores familiares. E aí tem uma série de fatores: a questão do endividamento, que ainda não foi resolvido; a questão da regularização fundiária e ambiental. São impasses fortíssimos dentro dessa lógica ainda impedindo que esses milhares de agricultores familiares não possam ser atendidos na sua plenitude — explica o secretário de Política Agrícola da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Antoninho Rovaris.

O maior acesso ao crédito rural também se verifica entre os grandes produtores, animados com os preços em alta e a perspectivas de clima favorável para o ano que vem. Neste segmento, o acréscimo já é de 25%. E o programa que mais registrou crescimento foi o Programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC), lançado pelo governo federal em 2010.

— Essa questão da agricultura sustentável é uma preocupação do setor. Acho que os agricultores já estão imbuídos dessa preocupação e estão usando boas práticas. Isso é um fator e a questão do programa começar a ficar maduro. Neste mesmo período do ano passado tínhamos aplicado em torno de R$ 130 milhões e neste ano já estamos encostando no primeiro bilhão — diz o secretário substituto de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Edilson Guimarães.

A agricultura empresarial tem disponível R$ 115,2 bilhões para empréstimos nesta safra. Até agora, foram contratados R$ 39 bilhões, R$ 8 bilhões a mais que no mesmo período do ano passado.

— Mesmo diante da crise, especialmente na Europa, nós estamos vendo que na China o aumento das importações, só na área de soja, deve chegar em 2016 a 56%. É natural que o agronegócio esteja num bom momento. O consumo nos países asiáticos está numa crescente, apesar de toda crise que estamos enxergando no mundo todo. É um circulo virtuoso de aumento da renda das pessoas. Quando as pessoas melhoram a renda em qualquer parte do mundo, o primeiro item a ser buscado por essas famílias é o alimento, é melhorar a dispensa e melhorar a mesa da família — afirma a presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), Kátia Abreu.

(Fonte: Rural BR)