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O técnico agrícola João Victor Rangel, da Unidade da Cotriel em Arroio do Tigre, trouxe um panorama da realidade vivida pelos produtores da região neste início de inverno. Conforme ele, nesta safra houve uma redução significativa na área plantada com trigo, com muitos optando pelo cultivo de aveia. No entanto, ambas as culturas enfrentaram dificuldades devido ao excesso de umidade registrado no início de junho. “Esse volume elevado de chuvas resultou em prejuízos importantes, como a necessidade de replantios e, em alguns casos, a perda de sementes devido à enxurrada. As lavouras que conseguiram se estabelecer mais cedo estão com melhor desenvolvimento, mas o excesso de chuvas comprometeu muito a evolução das culturas em geral”, aponta João Victor.

Apesar das adversidades, o técnico ressalta pontos positivos, como o frio, que favorece o perfilhamento do trigo, e a boa luminosidade dos últimos dias, que contribui com o desenvolvimento das plantas. No momento, não há grandes preocupações com pragas e doenças, exceto algumas manchas iniciais nas folhas, o que é considerado normal para a fase.

João também reforça a necessidade de atenção ao manejo correto, especialmente no controle do azevém e de folhas largas nas lavouras de trigo, seguido de uma boa adubação de correção. “O produtor já precisa estar se organizando para a aplicação de nitrogênio, aproveitando as condições climáticas ideais para esse manejo”, orienta.

Outro ponto central destacado por ele é o planejamento para o verão. “É importante ir manejando bem as áreas no inverno, principalmente no controle de plantas daninhas, para facilitar o estabelecimento da soja. Além disso, cada produtor precisa analisar bem sua área para escolher a cultivar ideal para o verão”, completa.

Por fim, João Victor recomenda que, após esse período de chuvas intensas, os produtores realizem análises de solo. Manter o solo coberto e limpo é fundamental para o sucesso das próximas culturas, especialmente o milho. “A base de uma boa safra começa agora, com planejamento, correção do solo e controle eficiente das plantas daninhas”, finaliza.

Confira abaixo a entrevista completa.