Publicada: 09/04/2012
segunda-feira, 9 de abril de 2012
De acordo com Nei Mânica, presidente da Cooperativa Tritícola de Não-Me-Toque (Cotrijal), o resultado econômico da lavoura não está sendo tão ruim quanto o da produção. Os altos preços fixados pelo mercado na região - R$ 57 a saca para a indústria e R$ 53 para o produtor - deverão amenizar as perdas.
- O que colhemos a menos deve ser compensado com um aumento de 20% no preço - explica Mânica.
A duas semanas do fim da colheita - e com mais da já metade concluída -, a região de Não-Me-Toque tem quebra de 50%. Na região da Cooperativa Tritícola Taperense (Cotrisoja), o gerente de negócios, Gilcar Colombo, afirma que a média de produtividade ficou em 30 sacas por hectare.
- Em relação a 2011, a quebra foi de 50% a 60% - explica.
Devido à má distribuição das chuvas, a situação das lavouras é diversa. O sojicultor Plínio Fornigheri constatou essa heterogeneidade em suas propriedades. Em Passo Fundo perdeu 30%. Em Capão do Cipó, 80% e em Alegrete, 60%. Apesar da diferença, avalia que as perdas sejam superadas com os preços.
Opinião compartilhada por Jeferson Saggiorato. Na propriedade dele, em Passo Fundo, a produtividade baixou de 65 para 42 sacas por hectare. Mas o aumento de pelo menos R$ 10 no preço da saca, animou o agricultor:
- É uma grande oportunidade de vender boa parte da safra e ter lucro.
Fonte: Zero Hora.