Publicada: 09/02/2015
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015
"Algumas vezes os produtores e mesmo os técnicos acabaram não se atendo à lagarta falsa-medideira", aponta Luiz Giovanni Piovezana, agrônomo e diretor Récnico da Lavoura Turim Insumos e Cereais, revenda que também presta consultoria a produtores. Regiões que fizeram aplicação preventiva contra a falsa-medideira não enfrentam ataque tão severo. "Já o produtor que perdeu o 'timing', antes do fechamento da linha, e talvez não tenha conseguido fazer (controle) ou não tenha colocado um produto fisiológico, esse produtor está com um problema sério", disse. "Temos regiões em que o pessoal usou todo tipo de inseticida do mercado e não está conseguindo controlar."
Além de a lagarta já estar em um tamanho grande, o estágio em que a soja está atualmente na região de Pato Branco, em torno de 1 metro a 1,1 metro de altura, dificulta a aplicação do ativo na parte debaixo da planta, onde a lagarta se esconde para fugir das horas de sol mais forte. Piovezana explica que, para conter o avanço da praga, produtores têm aplicado produto durante o dia todo, o que não é indicado. "O melhor horário é nas horas mais frescas do dia. Para a lagarta, não é você jogar um monte de produto, mas sim quanto de ativo vai atingi-la."
Apesar do ataque, ele salienta que produtores da região têm obtido boas produtividades com a soja precoce, que já começou a ser colhida. Na região, foram observados rendimentos de 150 sacas a 200 sacas por alqueire (62 a 83 sacas por hectare), dependendo das variedades utilizadas e da região onde foram semeadas. A média para a soja precoce no entorno de Pato Branco é de 130 a 140 sacas por alqueire, ou seja, 54 a 58 sacas por hectare. Para a soja plantada mais tarde, as plantas ainda não estão em ponto de colheita, mas a expectativa dos produtores é obter 180 alqueires por hectare (75 sacas por hectare), ante média de 50 a 55 sacas por hectare.
"O clima está perfeito para encerrar", disse o produtor César Luiz Spaniol, que cultiva 150 hectares de soja no sudoeste do Estado, destacando a chuva e o calor. Ele já começou a colher a soja precoce, obtendo produtividades de 80 sacas por hectare, em comparação com 66 sacas a 70 sacas por hectare um ano antes. Para a soja plantada mais tarde, ele espera uma repetição das produtividades da precoce e avalia que o ataque de falsa-medideira está sob controle em suas propriedades.
Fonte: portal agronegócio.