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"Hoje a expectativa de preço futuro para nós está em torno de R$ 16, o ano passado nós tínhamos a expectativa de R$ 18 e não aconteceu. Isso inibe a expectativa de plantar e arriscar", explica.

O produtor ainda tem milho que colheu no começo do ano. Das 160 mil sacas produzidas, cerca de 25 mil ainda estão no armazém da fazenda à espera de preços melhores. Um dinheiro parado, que poderia estimular mais investimentos no cultivo do grão.

Com os armazéns ainda ocupados e a saca sendo vendida, em média, entre R$ 11 e R$ 12 no estado, muita gente está pensando em desistir do milho. Só na fazenda de Marcelo serão 500 hectares a menos cultivados na próxima safra.

A indefinição sobre a safra de milho mexe com o comércio de insumos. O gerente de uma revenda diz que até agora o volume de negócios ainda está muito abaixo dos cerca de R$ 250 mil que tinha faturado nesta mesma época no ano passado. "Se não houver melhora no preço do milho vai ser complicado, todos nós vamos perder”, conta Luciano Correa.