Publicada: 02/04/2015
quinta-feira, 2 de abril de 2015
A semana foi de movimentação intensa na Cooperativa, segundo enfoca administrador de grãos da Cotriel, Odélcio Leopoldo Hartmann. Para ele, a qualidade dos grãos, está boa. Contudo, algumas variedades apresentaram problemas de grãos imaturos.
Hartmann salienta ainda que apesar de todas as variedades que foram lançadas no mercado, a maioria das cultivares entregues varia do ciclo médio ao precoce. Conforme ele, a perspectiva de produtividade, embora os transtornos como doenças como a ferrugem asiática e o estresse hídrico são animadoras: “É cedo para dizer, mas tomando por base as informações dos produtores de toda a área de abrangência, a produtividade média aproxima-se de 60 sc/ha de média geral, um valor 20% maior em relação ao ano passado, quando a média geral ficou em 50 sacos. Algumas áreas isoladas colheram acima de 70 sacos por hectare, mas a falta de chuvas acabou derrubando esta média, que, mesmo assim, é bastante superior em relação a 2014”, pontuou.
O administrador do setor de grãos lembrou ainda que o tempo total entre o início e o fim do recebimento em cada região a cada ano que passa diminui de forma considerável: Em 2014, recebemos toda a safra em 17 dias. Somente no Pantano Grande, devido ao recebimento do arroz, o recebimento se estende por 45 dias. Até o momento, na Sede, mais de 70% das lavouras já estão colhidas. Onde está mais adiantado é em Alto Alegre, onde este percentual é de 85% das áreas" revelou.
Quanto à representatividade da soja em termos de recebimento na Cooperativa, Odélcio revelou que este ano 78% dos grãos recebidos hoje é soja, 11% ,trigo,5% arroz e apenas 3% é milho, cultura que diminui a cada ano que passa, sendo plantada mais na região de Salto do Jacui Espumoso,Arroio do Tigre,Alto Alegre.
O administrador de grãos da Cotriel pontuou ainda que outra questão que vem à tona esta época é a dificuldade de escoamento da safra, pois 67% do produto transportado é através de caminhões, 28% por trem e apenas 5% por navios, ao passo que nos Estados Unidos 61% dos grãos são escoados pelos portos, o que faz com que em nosso País, 20% dos grãos fique em cima de caminhões durante o ano: “A parte de porto é complicador, pois quando você precisa expedir os produtos o navio não vem e cada ano é uma história diferente, pois a produção aumenta e a logística não acompanha na mesma proporção”, afirmou.