Publicada: 29/04/2019
segunda-feira, 29 de abril de 2019
Fonte: Setor de Comunicação
Rui Nicolini, administrador da filial do Pontão do Butiá disse que o perfil de entrega de safra mudou significativamente este ano: “Este ano em 15 de abril já tínhamos toda a safra colhida, o que é algo inédito, uma vez que nos outros anos a gente via que esta data estávamos no pico de safra, o que é resultado da implantação, por parte do nosso associado de cultivares de ciclo mais precoce. Eu estimo em 70% da nossa área é da cultivar Ativa. Outra mudança que tenho percebido é que e o produtor, ao contrário do que a gente recomenda e que é indicado pelo zoneamento climático, puxou um pouquinho o plantio, uma vez que em 10 de outubro cerca de 20% das áreas foram cultivadas, o que também adiantou a colheita.
Quanto aos principais problemas na implantação, Nicolini frisou que o excesso de chuvas, com áreas mais baixas e de pouca infiltração de água favoreceram a entrada de fungos, que causaram desde problemas de desenvolvimento até morte de plantas: “Tivemos alguns casos de produtores que tiveram que replantar 3 vezes a mesma área. Esse fungo, ainda permanece no solo e se não forem tomadas algumas medidas podem causar problemas futuramente.
Mas para boa parte dos produtores, o período de falta de chuvas não foi tão importante quanto o calor, pois as temperaturas extremamente altas praticamente murchavam as plantas, e mesmo elas amanhecendo verdes, causaram queda no número de grãos, impactando na produtividade, que estimo que seja entre 8 a 10 sacas por hectare, representando em torno de 12 %, diminuindo de 68 sacas ano passado para 60 sacos por hectare de média.
Rui Nicolini encerra afirmando que a área de trigo dever ser praticamente a mesma do ano passado, de cerca de 20%, sendo que os demais 80% serão plantados com aveia.
Assista aqui a entrevista.