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A Agricultura de Precisão Cotriel – AP Cotriel, Programa Elite, mais uma vez fez a diferença na última safra de soja. A correção do solo, que oportuniza conhecer onde que são os locais mais carentes de nutrientes, aliada aos tratos culturais feitos de forma adequada e ao grande volume de chuvas registrado principalmente nos meses de dezembro e janeiro, apesar de nos meses de fevereiro e março as quantidades não terem se repetido, proporcionou a produtividade que a região atendida pela Cotriel tem obtido nesta safra. Com mais de 80% da área colhida em toda a região da Cooperativa neste momento, é hora de planejar o próximo plantio e as coletas precisam começar o mais breve possível.

Agricultura de precisão da Cotriel está aberta a todos os associados que desejarem

Serviço que está disponível desde 2008 ao associado de toda a região de abrangência, da Cooperativa, a AP Cotriel cresce a cada ano. Em 2014, a área atendida chegou a 30 mil hectares em toda a região de abrangência da Cooperativa. A área total dos 4.032 associados que recebem assistência técnica é de 156.776 hectares. Atualmente, 500 sócios utilizam a AP, o que significa que há um potencial muito grande a ser explorado. Conforme o técnico agrícola do setor de agricultura de precisão, Edival Winck, o serviço está aberto a todos os associados que desejarem: “Queremos que a AP chegue a um maior número de agricultores. "Esta fase na qual a maioria das áreas já foi colhida, é a ideal para o produtor decidir fazer parte da AP Cotriel. O associado deve procurar o departamento técnico da Unidade mais próxima da sua região, decidir qual o tamanho da área que pretende aplicar a AP e solicitar que o seu técnico faça a medição da lavoura. Após receber e tabular estes dados, a nossa equipe os envia para a APMAX Latina, no Mato Grosso, a qual fornece para a Cotriel os dados necessários para ser realizado o mapeamento completo, sendo que a recomendação técnica é feita pela nossa equipe”, ponderou.

O representante da empresa APMAX Latina, que desde 2012 realiza o trabalho de levantamento via satélite com a Cotriel, Vilmar Stefanello, pontuou que o momento de aderir ao sistema é agora, devido ao prazo que se leva do momento que se toma a decisão, até a amostra de terras chegarem à empresa e a Cooperativa, para se conhecer as reais necessidades da área medida: “Como é um trabalho minucioso, que envolve a medição, coleta de material, envio para um laboratório credenciado e chegada dos resultados, o prazo entre o início e o fim do trabalho varia de 45 a 60 dias. Como o plantio do trigo será feito entre o fim de maio e o início de junho, o intervalo pode ficar curto e dificultar o início da complementação de nutrientes para a safra de inverno. É importante a compreensão do produtor que o processo é o que de mais moderno existe na agricultura, pois indica com exatidão quais os produtos necessários, mas não se faz de um dia para o outro, pois exige planejamento", enfocou.

Custos com calcário podem cair pela metade

Winck encerra destacando que a correção do solo é a base, mas não o único fator que gera maior produtividade. Uma das principais vantagens da agricultura de precisão é diminuir a necessidade de aplicação de calcário, mas se tem de levar em conta que outros nutrientes tem faltado para que o solo faça nascer uma planta com mais vigor: “Na nossa área de abrangência, dos 30 mil hectares já mapeados, a quantidade de calcário utilizada por hectare é de 1.160 quilos, ao passo que a média antes da chegada da agricultura da agricultura de precisão era de 2.500 quilos por hectare, o que dá uma economia de mais de 53%, justificando o investimento e pagando-o em pouco tempo. Recomendamos que a cada dois, no máximo três anos, o trabalho seja refeito, pois a exemplo de qualquer bem, o solo também tem vida útil e precisa de cuidados, sob pena de poder se esgotar, finalizou.

A estrutura da AP Cotriel conta atualmente com seis caminhões, sendo quatro locados na Sede, um na Unidade de Salto do Jacuí e outro na filial da Cotriel de Estrela Velha, cada um com capacidade de espalhar aproximadamente 1,5 mil toneladas de calcário ou 1 mil hectares de adubo por mês e dois quadriciclos, que percorrem as áreas fazendo as análises de solo.