Publicada: 21/06/2012
quinta-feira, 21 de junho de 2012
O motivo dessa queda não é climático - já que nessa área as condições são as melhores da última década - mas as barreiras comerciais aplicadas pelo governo da presidente Cristina Kirchner.
Os produtores agrícolas argentinos são obrigados a pagar elevados impostos para as exportações, além de sofrer frequentes imposições de cotas para exportar.
As pressões da presidente Cristina sobre os agricultores foram o estopim de diversos locautes ruralistas nos últimos anos.
A política do governo Kirchner, desde 2006,é adere direcionar para o mercado interno parte do volume do trigo que era antigamente exportado. O objetivo da presidente Cristina era tentar brecar a alta da inflação, que cresce há seis anos.
As pressões desestimularam os produtores de trigo. Parte dos agricultores deixou o cultivo desse cereal e concentrou-se no plantio de forragens para gado, cevada, além da colza.
Para tentar seduzir os produtores a plantar trigo novamente, o governo argentino anunciou que autorizaria a exportação de 6 milhões de toneladas de trigo da safra 2012/13.
"Levando em conta as expectativas que existem até esta data, a presidente Cristina Kirchner tomou a decisão de liberar os direitos de exportação para a safra 2012/13para6milhõesdetoneladas", declarou o vice-presidente Amado Boudou, que está exercendo a presidência interina do país durante as viagens de Cristina.
No entanto, os analistas sustentam que o interesse do governo Kirchner é o de abocanhar US$ 360 milhões em impostos decorrentes da entrada de US$ 1,5 bilhão que entrariam no país graças às exportações de trigo.
Fonte: O Estado de São Paulo.