Publicada: 25/01/2019
sexta-feira, 25 de janeiro de 2019
Fonte: Setor de Comunicação Cotriel
Com chuvas de mais de 300 milímetros registradas em Estrela Velha, as lavouras de soja daquela região retomaram seu desenvolvimento.
Segundo o técnico agrícola de Estrela Velha, Felipe Franceschi, a oleaginosa se encontra na fase de floração e início de formação de vagens, na qual a planta expressa o seu potencial produtivo.
Felipe explica que após as chuvas intensas, vieram as altas temperaturas do dia e vento, orvalho e cerração à noite, abrindo uma janela perigosa de doenças, principalmente a ferrugem da soja, que merece atenção especial. "Como foram registrados vários dias com umidades e temperaturas entre 18 a 35 graus, criou-se uma condição favorável para essa doença. Em safras anteriores quando ocorreram períodos de estiagem, houve mudança nas estratégias do controle de doenças e depois foi muito complicado reverter a situação, assim como nesta safra onde as janelas de aplicação acabaram saindo do cronograma, devido ao grande volume de chuvas, dificultando a entrada para as pulverizações, ou seja, intervalos de aplicação recomendados de 15 a 18 a dias estão estendidos em situações de até 26 dias de uma aplicação para a outras, esses fatores podem influenciar e favorecer a entrada de ferrugem, com isso deve se atentar para que as aplicações sejam reforçadas com protetores e fungicidas curativos, atentando sempre para cada estratégia de controle, para dessa forma evitar perdas oriundas da ferrugem”, disse.
No que diz respeito às pragas, Franceschi afirma que até o momento as que mais apareceram foram o tamanduá da soja ( bicudo) no inicio do desenvolvimento soja. As aplicações preventivas minimizam a pressão de lagartas como no caso as helicoverpas, que não apresentam pressão devido aos manejos. “ Para o momento atual da maioria das áreas deve se ter uma atenção quanto a pressão de lagartas spodoptera e falsa medideira, assim como os ácaros. Para os os percevejos, deve- se manter o manejo a fim de que a população deste inseto baixe, minimizando os impactos e perdas.”
Algumas dicas:
- Monitoramento constante das áreas, principalmente quanto a pragas e doenças;
- Seguir o manejo de doenças previsto para as lavouras de soja, visto que muitas áreas se aproximam do final do residual dos produtos para controle da ferrugem. A mesma é uma doença bastante agressiva e qualquer descuido pode custar muitos quilos de soja;
- Caso seja necessário, é importante fazer aplicação de produtos fitossanitários nas áreas, dando preferência por aplicações nas horas de temperaturas menores, de manhã(cuidado com orvalho) e no final da tarde.
- Muita atenção ao uso de produtos a base de óleo, inseticidas do grupo dos organofosforados, podem ocasionar fitoxicidade à soja;
- Evite aplicações entre as 12 e 18 horas. São horários que apresentam temperatura elevada e baixa umidade relativa do ar, que dificultam a duração da vida da gota e também a capacidade de absorção dos produtos.
- Lembrando: com umidade relativa do ar menor que 60% e temperatura maior que 27°C, as pulverizações devem ser evitadas;
O Departamento Técnico da Cotriel está bem treinado e capacitado para prestar uma assistência técnica que possa ajudar o produtos a solucionar os problemas na lavouras. A nossa torcida é que a chuva continue ocorrendo nesta fase, crucial para o desenvolvimento da soja.
Ouça aqui a entrevista.