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Publicada: 17/08/2015

Cotriel realizou Seminário de Produção Leiteira

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Nesta quinta-feira, 13, durante todo o dia, no Salão Paroquial de Campos Borges, a Cotriel, com o apoio da Cooperativa Santa Clara, CCGL, Sicredi e Nutron Cargill realizou mais um Seminário de Produção Leiteira. Cerca de 200 produtores de toda a área de abrangência da Cooperativa se fizeram presentes.Os assuntos abordados foram: Cenário da cadeia do leite" (exportação x importação), Qualidade no leite, Influência da Nutrição na Saúde da Glândula Mamária" e Otimização dos fatores produtivos para potencializar o resultado econômico na produção leiteira.

Na abertura, ao manifestar-se em nome da administração municipal, o vice-prefeito de Campos Borges, Genuir Provensi enfatizou a importância da Cooperativa como geradora de emprego e renda, devido à estar há mais de três décadas participando da vida do produtor e da população do município.

Em seu pronunciamento, o presidente da Cotriel, Leocezar Nicolini lembrou a importância da união entre as cooperativas, uma vez que em um evento como o seminário palestrantes da CCGL e Cooperativa Santa Clara explanaram assuntos de interesse do produtor: “Gostaríamos que mais associados envolvidos na atividade tivessem comparecido á este seminário, mas os que compareceram se diferenciam por tirar um dia para se qualificar. A Cotriel tem sua função neste processo e o produtor tem a sua responsabilidade. A parte da Cooperativa tem sido feita, disponibilizando assistência técnica, insumos e parcerias. Discutimos muito a realização deste seminário, mas entendemos que era necessário realiza-lo, uma vez que nos sentimos na obrigação de levar a informação ao nosso sócio, pois só assim ele vai poder melhorar ainda mais a qualidade do leite que vende para o consumidor”, disse.

Presidente do Sindilat apresentou Cenário da Cadeia do Leite

Na primeira palestra do dia, o diretor administrativo da Cooperativa Santa Clara e presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS – Sindilat, Alexandre Guerra, falou sobre o cenário e o mercado do leite.

Em sua abordagem, Guerra disse que o momento é favorável às exportações, principalmente para a Rússia, Venezuela China e a África e o produtor deve aproveitar estes novos mercados que se abrem para aumentar a sua produção: O Rio Grande do Sul produz 2900 kg/vaca ano e deve se espelhar nos melhores, como EUA, que está em 9 mil quilos e Argentina, com 4800 kg vaca ano. Outros pontos importantes para que o leite brasileiro ganhe mais mercado são implementar um programa de boas práticas de fabricação, aumentar a quantidade de sólidos, proteína e gordura, e buscar uma boa sanidade dos animais, principalmente prevenindo a tuberculose e brucelose bovina, bem como manter este leite armazenado em bons resfriadores à granel, pois os importadores são extremamente exigentes e ao não verem preocupação do Brasil com a saúde dos animais não compram o nosso leite e este produto ficando no mercado interno, acaba baixando os preços no mercado interno, é a lei da oferta e da demanda”, disse Alexandre.

Ele lembrou ainda que o leite brasileiro enfrenta uma concorrência globalizada, com países mais competitivos em termos principalmente de leite em pó: “Ás vezes não é a vontade da empresa que paga o leite ao produtor, é a economia mundial, uma vez que a União Europeia, Estados Unidos , Argentina e Uruguai por uma série de fatores conseguem praticar preços mais competitivos que o Brasil, o que acaba forçando um ajuste nos preços para que o leite chegue à estes mercados.

Na minha visão, os preços pagos ao produtor são satisfatórios e entendo que é necessário hoje o produtor se ajustar e reduzir o máximo possível as suas despesas. A tendência é que os meses de setembro e outubro sejam de alta produção e somente com campanhas agressivas no sentido de incentivar o consumo do leite, o cenário vai melhorar para o nosso produtor, pois nos próximos 10 anos o mundo precisará que a produção de lácteos aumente 36%, o que é uma grande oportunidade para quem se qualificar na atividade ”, afirmou.

A segunda palestra do dia foi versada no tema “Qualidade do leite”, com Maicom Berwanger, da Emater de Teutônia. Segundo ele, medidas simples de manejo dos animais, como o pré e o pós dipping, a manutenção adequada dos equipamentos de ordenha ,colocação da ordenhadeira na posição correta e a correta limpeza dos equipamentos de orfana e do resfriador irão colaborar para que o leite tenha a qualidade e os padrões de Contagem Bacteriana (CBT) e de Células Somáticas estejam de acordo com o padrão estalecido pela indústria e o Ministério da Agricultura.

Á tarde, o consultor técnico da Nutron Cargill, Diego Lansgwinski explanou o tema” Influência da Nutrição na Saúde da Glândula Mamária”. A empresa desenvolve, juntamente com a Cotriel uma linha completa de rações pré e pós parto, as quais podem ser recomendadas pelos médicos veterinários da cooperativa, a partir de uma dieta voltada ao perfil de cada propriedade.

Ele lembrou que medidas simples, como proporcionar uma dieta com bom nível de nutrientes dar conforto dos animais, bem como mantê-los em um ambiente adequado após serem ordenhados evitam mastite e mamite, que em excesso pode levar ao descarte excessivo de animais.

A última palestra do dia foi com engenheiro agrônomo e supervisor técnico nas áreas de pesquisa e difusão de tecnologias em produção da CCGL Tec, Luis Otávio da Costa de Lima, falou sobre o assunto “Otimização dos fatores produtivos para potencializar o resultado econômico na produção leiteira”.

Para ele, o planejamento da área a ser destinado aos animais deve começar pelo menos um ano antes, pois existem muitas áreas que ficam descobertas após a colheita da soja e podem ser bem utilizadas para plantio de variedades de aveia, milho ou azevém que podem gerar uma boa matéria sólida para os animais que as consumirem: “ Uma pastagem cara é aquela que não produz, ou seja, o mito que silagem é mais caro, depende de como tudo começou na propriedade.

Quanto à produção de leite por hectare, nossos levantamentos apontam uma média de 6 mil litros por hectare ano. Temos potencial para chegar a até 15 mil litros, bastando um planejamento e manejo adequados da área a ser dedicada aos animais”, finalizou.

Em nome dos organizadores, a Cotriel agradece a presença dos produtores em mais um seminário de produção leiteira.