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Publicada: 06/03/2014

Depois da estiagem, risco de geadas precoces em maio freiam plantio do milho safrinha no Sul e Sudeste

quinta-feira, 6 de março de 2014

O retorno das chuvas em grande parte do Brasil paralisou as perdas no milho que até então vinham sendo contabilizadas pela forte estiagem e temperaturas extremamente altas ocorridas do início de janeiro até a primeira quinzena de fevereiro.

Porém, essas perdas nas lavouras de milho primeira safra podem atingir até 26% da produção no Brasil, já que essa anomalia climática ocorreu justamente quando as lavouras estavam nas fases de florescimento e enchimento dos grãos. As espigas estão menores e com um número menor de grãos também.

Mesmo com o retorno das chuvas nesses últimos dias, os volumes ainda não foram suficientes para elevar os níveis de umidade do solo, que continuam bem abaixo dos 80% – nível mínimo para o pleno desenvolvimento das lavouras.

A boa notícia é que com a chegada de uma frente fria, áreas muito secas do Paraná, Minas Gerais e Goiás devem receber volumes consideráveis de chuva em torno dos 100 a 150 milímetros nos próximos sete dias. Essa chuva vai ser favorável para o desenvolvimento dos milharais e até mesmo ao plantio do milho safrinha. Com o céu mais nublado, as temperaturas não vão conseguir subir tanto, mantendo as taxas de evapotranspiração dentro dos níveis normais para esta época do ano, diminuindo a demanda hídrica das plantas.

As regiões Sul e Sudeste são as que mais apresentam perdas na produtividade do milho. No Paraná, o milho da safra de verão registrou quebra de até 30% e o milho safrinha teve atraso no plantio por causa da seca.

Quem não plantou até o dia 20 de fevereiro, não arrisca mais plantar neste mês por conta do risco de geadas precoces em maio. As previsões mais estendidas já indicam a entrada de massas de ar de origem polar a partir de maio.

O produtor também sabe que há uma redução natural do potencial produtivo do milho que é plantado em março em relação àquele plantado em fevereiro por conta da diminuição das taxas de luminosidade – explica o agrometeorologista da Somar Meteorologia, Marco Antônio dos Santos.
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