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Publicada: 30/04/2014

Especulação chinesa atracada no porto gaúcho

quarta-feira, 30 de abril de 2014

 E a onda de preocupação não só chegou ao porto de Rio Grande como alterou a rotina. Com a máxima de que a prevenção é o melhor remédio, a superintendência do porto se mobiliza na busca de alternativas de espaço para guardar o grão. Há negociações com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e até mesmo com armazéns privados.

- Estamos preparados para enfrentar o pior - assegura Dirceu Lopes, diretor-superintendente do porto de Rio Grande.

Na última semana, para evitar prejuízos, 12 embarcações com risco de cancelamento foram colocadas no fim da fila.

Como até a última sexta-feira quatro desses navios haviam atracado, o porto ganhou um fôlego de pelo menos mais um mês, segundo Lopes. A preocupação em garantir espaço vem do volume de SOJA que ainda precisa chegar a Rio Grande - mais de 7 milhões de toneladas. Como a capacidade de estocagem dentro do porto é de 1,6 milhão de toneladas, há necessidade de pensar em alternativas.

O efeito chinês é um elemento a ser considerado, sobretudo considerando alguns precedentes. Em 2004, quando a commodity se valorizava, a China devolveu SOJA brasileira.

A alegação era de que o produto estava contaminado com fungicida. O problema acabou derrubando os preços no mercado.

- O chinês é comerciante milenar. Poderemos ter surpresas. Portanto, precisamos ter cautela - pondera Carlos Sperotto, presidente da Federação da AGRICULTURA do Estado (Farsul).
Fonte: Zero Hora