Publicada: 02/05/2012
quarta-feira, 2 de maio de 2012
Seis meses consecutivos com chuvas abaixo da média para o período já provocam apreensão no noroeste do Estado.
Em algumas regiões os açudes não resistem a tanto tempo de espera e a terra rachada lembra um cenário de deserto.
– Estamos buscando nos vizinhos, porque água potável nós não temos aqui na propriedade – lamenta a produtora rural Marina Kerschner.
Em Cruz Alta, no noroeste do Estado, a Defesa Civil distribui por semana 30 mil litros de água para os agricultores. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a média histórica entre os meses de novembro a abril chega a quase 900 milímetros. Nos últimos seis meses, choveu menos da metade deste volume, com pouco mais de 300 milímetros na região.
Em Erechim, o racionamento de água começou no início de abril. São 14 horas por dia sem abastecimento. Em Passo Fundo, a barragem que abastece o município está quatro metros abaixo do nível normal, conforme o coordenador operacional da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), Rubens Nunes Maciel.
– Quando chegar em cinco metros, estaremos com o nível crítico e realizaremos manobras para não deixar a população sem água – afirma.
Em Bagé, na fronteira com o Uruguai, a água está mais de seis metros abaixo do nível normal na principal barragem que abastece a cidade. Em Uruguaiana, na fronteira com a Argentina, o gado sofre os efeitos da seca. Com o pasto cada vez mais escasso, os animais perdem peso a cada dia.
Fonte: Canal Rural.