Publicada: 03/02/2012
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
O Ministério da Agricultura pretende lançar no próximo Plano Safra uma linha de crédito voltada para os produtores orgânicos. O objetivo é aumentar a produção desse tipo de alimento, que conquista cada vez mais consumidores em todo o mundo.
Na comparação com a agricultura convencional, os custos da produção orgânica são, em média, 30% mais altos, o que acaba afastando muitos produtores do negócio. A linha especial de crédito que deve ser lançada pelo governo terá uma taxa de juros de 6,75% ao ano. Se o produtor se inserir no Programa de Agricultura de Baixo Carbono, os juros caem para 5%. A linha de custeio por produtor deverá ficar em R$ 745 mil e a de investimento e comercialização poderá chegar a R$ 1,3 milhão.
— O mais importante é que nós vamos viabilizar o produtor da agricultura orgânica, que hoje quando ele vai na linha do Pronaf, que é a linha do pequeno produtor, que é um valor de até R$ 130 mil, ele esbarra no problema de que a agricultura orgânica é geradora de mão de obra e o Pronaf tem um limitante de até dois empregados. O novo crédito vai permitir que aquele produtor rural que queira expandir a questão da agricultura orgânica possa se enquadrar nesta linha — afirma o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Caio Rocha.
A iniciativa deve ser colocada em prática na metade de 2012, quando o Brasil vai sediar a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. O governo federal espera ampliar o número de propriedades dedicadas à produção orgânica.
— De 15 mil produtores, nós imaginamos que temos potencial para chegar até 90 mil produtores na área de produtos orgânicos. É um nicho importante para o consumo interno e importantíssimo para exportação — comenta Rocha.