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As áreas plantadas com trigo na região de abrangência da Cotriel (município de Espumoso), que este ano aumentaram 15 %, chegando a um total de 18 mil hectares, mesmo com o registro, nos últimos dias, de algumas geadas, altas temperaturas e granizo, tiveram danos localizados. A informação é do técnico agrícola da Sede da Cooperativa, Jeferson Morás.

Segundo ele, apesar de as geadas terem acontecido em menor quantidade, os danos foram pontuais e atingiram principalmente cultivares semeadas entre o final de maio e o começo de junho, que estavam na fase de emborrachamento e início de espigamento. Nas áreas com cultivares semeadas a partir de 20 de junho, devido à ocorrência de chuvas, os danos de geadas foram menores, tendo mais problemas onde havia maiores concentrações de palhas das culturas anteriores.

O técnico considerou ainda que passando as fases frias, as culturas começaram a melhorar seu desenvolvimento com o aumento temperatura e a diminuição da umidade. Com o aumento da temperatura e aumento da insolação, o desenvolvimento do trigo ficou favorecido, mas também está favorecendo o aparecimento de doenças, principalmente a ferrugem, oídios e de manchas foliares, essas, principalmente em áreas de trigo sobre trigo.

Em termos de pragas, há um alto índice de aparecimento de pulgões, inclusive com formação colônias destes insetos e que atacam folha e espigas do trigo, atrasando a formação dos grãos: “Recomendamos que os produtores fiquem atentos e iniciem, de acordo com o indicado no receituário, a aplicação de fungicidas juntamente com os inseticidas, visando controlar estas pragas e doenças.

Jéferson Morás encerra enfocando que a área na região da Sede tem duas situações bem diferentes: “Os trigos plantados entre o final do mês de maio e o início de junho apesar do bom nível de tecnologia adotado pelo produtor não se encontra em uma condição esperada, devido à semeadura ter sido feita em um período de muita chuva com solo muito úmido e produtos, principalmente os fertilizantes nitrogenados, foram perdidos por lixiviação e falta de luminosidade que tem dificultado o desenvolvimento da gramínea.

Por outro lado, a semeadura realizada entre a segunda quinzena de junho, até a primeira quinzena de julho, estão com boas condições de desenvolvimento, devido ao plantio ter sido realizado em um momento de menos chuvas, o que fez com que o solo estivesse mais adequado para receber esta cultura”, finalizou.