Publicada: 26/02/2013
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
O presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), Nestor Freiberger, explica que a ideia é tornar "ato eterno" o valor do custeio, sem reduzi-lo aos habituais R$ 70 mil por produtor, evitando assim impactos severos sobre a produção avícola do País.
"É impossível manter a atividade viável com os preços dos grãos 90% mais caros, caso o valor do custeio não se mantenha alto, prevemos a redução de 30% na produção industrial", projeta o dirigente. Esse montante equivale à queda de produção de 10 milhões de frangos ao mês, apenas no Rio Grande do Sul, especialmente os produzidos por pequenos e médios criadores, com reflexo direto no aumento dos preços.
Os valores da soja e do milho representam 45% dos custos da produção avícola do Estado. A cotação de ontem da soja fechou em média a R$ 57,00 a saca de 60 quilos. O milho encerrou cotado, em média, a R$ 28,00 a saca de 60 quilos. Freiberger disse que o pleito já foi acatado pelo Ministério da Agricultura, mas ainda falta o aval do Ministério da Fazenda. Caso a reivindicação dos produtores não seja atendida, o prazo para contratar o valor de R$ 150 mil se extingue no dia 28 de fevereiro, retornando para R$ 70 mil, após esta data. Os recursos são oriundos do Plano Safra federal.
Em 2012, o abate de frangos no Rio Grande do Sul caiu 7,16% ante 2011, para 774,2 milhões de aves. O alojamento também recuou no período, 0,5%, para 792 milhões de cabeças, de acordo com a Asgav. O presidente da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Folador, afirma que a manutenção do subsídio em R$ 150 mil será benéfico para os produtores, pela necessidade de capital de giro para compra de farelo de soja e milho. "Só que, no caso da suinocultura, o teto pode variar, conforme a característica do produtor. Há casos de produtores que tomam até R$ 400 mil em crédito. Mas manter o mínimo em R$ 150 mil é muito bem-vindo", avaliou o dirigente.
Folador afirma que há um número elevado de produtores que utilizam o recurso e que foram prejudicados no ano passado pelo alto custo dos grãos. ?Os que são parcialmente integrados são responsáveis pela compra dos insumos, e sem esses recursos a atividade seria inviabilizada?.
Em 2012, o abate de suínos no Estado fechou em 7,03 milhões de cabeças, volume que representa incremento de 4,4%, em um comparativo com 2011, quando foram abatidos 6,73 milhões de animais.
Fonte: Jornal do Comércio.