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O manejo de vacas secas, as quais estão temporariamente sem produzir leite — é um dos momentos mais críticos e do qual deve merecer atenção junto à propriedade leiteira. No entanto, especialistas e produtores experientes garantem: é nesse período que se define o sucesso da próxima lactação.

O Médico Veterinário da Cotriel, Cláudio Antunes ressaltou que esta fase começa, em média, 60 dias antes do parto e se estende até o nascimento do terneiro. Durante esse tempo, a vaca entra em um "descanso fisiológico", essencial para a regeneração do tecido mamário, a recuperação do organismo e o desenvolvimento do feto. “É como um atleta em preparação para uma competição. Se ela não estiver bem nutrida e cuidada agora, não conseguirá produzir bem depois”, explica Antunes.

O tratamento de vacas secas envolve diversos cuidados que vão desde a alimentação até o controle sanitário. Nessa fase, a dieta precisa atender tanto às necessidades da vaca quanto do terneiro que está em desenvolvimento. O fornecimento adequado de minerais, vitaminas e energia ajuda a prevenir doenças metabólicas no pós-parto, como a hipocalcemia (febre do leite) e a cetose. Também um local com sombra, boa ventilação e espaço suficiente ajuda na recuperação da vaca e na prevenção de infecções. A interrupção da ordenha deve ser feita de forma planejada. Em muitos casos, utiliza-se o tratamento de vaca seca, aplicação de antibióticos intramamários para prevenir a mastite, doença que compromete a saúde do úbere e a qualidade do leite. Mesmo não produzindo leite, a vaca seca precisa de atenção diária. Observar sinais de inchaço, febre ou desconforto pode evitar complicações sérias.

Cláudio encerra destacando que o período seco é muito mais do que uma pausa na produção. É uma oportunidade estratégica de preparar a vaca para o próximo ciclo produtivo. Investir nesse cuidado é garantir mais saúde, produtividade e rentabilidade no campo.

Assista aqui a entrevista completa.