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Publicada: 10/09/2014

Milho: Comercialização permanece lenta no Brasil e perspectiva é de pressão sobre os preços

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

A comercialização do milho no mercado interno brasileiro ainda permanece lenta. Diante da recente queda nos preços no mercado internacional, as cotações no mercado doméstico ficaram pressionadas, situação que também refletiu em cotações em patamares mais baixos nos Portos do país.

Até o momento, o Brasil, exportou em torno de 5 milhões de toneladas de milho, contra 8 milhões de toneladas, registradas no mesmo período do ano passado. Nos cinco primeiros dias de setembro, as exportações brasileiras de milho totalizaram 340,5 mil toneladas, com média diária de 68,1 mil toneladas. A receita total foi de US$ 63,1 milhões, com média diária de US$ 12,6 milhões. Em comparação com o mês anterior, o volume embarcado representa uma queda de 41,8% e uma diminuição de 4,1% no preço médio.

Além disso, o consultor destaca que, o line-up de navios para o embarque do cereal é baixo e que talvez o país não consiga embarcar o volume projetado, de 21 milhões de toneladas, previstas pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Também é preciso ressaltar que em 2013, o Brasil se aproveitou de uma janela de exportação devido à quebra na safra norte-americana, cenário oposto do observado esse ano.

“E mesmo com a intervenção do Governo no mercado, através de leilões de Pepro, ainda precisaremos exportar cerca de 15 milhões de toneladas nos próximos 4 a 5 meses. E coma velocidade que estamos vendo nos Portos e o line-up, acho difícil chegar a 21 milhões de toneladas. Embarcaremos entre 15 a 17 milhões de toneladas, o que deve pressionar os estoques para o próximo ano”, destaca Baroni.

Frente a esse quadro, o consultor sinaliza que a pressão negativa sobre os preços deve continuar. Com isso, a orientação é que os produtores rurais, que puderem, segurem o produto à espera de melhores oportunidades. “No próximo ano, teremos outro cenário, com uma redução na área cultivada na safra de verão e também uma possível redução na safrinha. Quem puder deve carregar e vender a conta gotas”, ratifica o consultor.


(FONTE: Notícias Agrícolas)