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Os produtores rurais começam a intensificar o plantio de milho na região, onde pouco mais de 10% das lavouras foram semeadas. Os produtores do cereal neste ano decidiram correr o risco e anteciparam o início da semeadura. De acordo com o agrônomo da Cooperativa dos Agricultores de Chapada (Coagril), Mauro Rohr, a partir deste final de semana o volume de máquinas nas lavouras deve aumentar, acelerando o plantio da segunda principal fonte de renda das culturas produzidas no verão.
O agrônomo estima que em 30 dias o plantio já esteja concluído em 95% do espaço, que os agricultores estão destinando ao cereal. “Pelo menos até o momento, o clima tem se mostrado favorável para o plantio e desenvolvimento das primeiras plantas que estão emergindo do solo”, comenta Rohr.
Segundo ele, tecnicamente não é indicado antecipar o plantio do milho em função dos riscos que o produtor pode correr com geadas tardias, ainda dentro da estação do inverno, que se encerra em 22 de setembro. Para o agrônomo, um dos motivos que levou alguns agricultores a adiantarem a formação das lavouras foi à estiagem registrada na safra passada, quando áreas tiveram a produtividade comprometida em mais de 70%.
“Antecipando, com variedades precoces, em fevereiro quem já plantou poderá retirar os grãos das lavouras”, disse Rohr. Outra decisão que preocupa os profissionais técnicos é a redução da área do milho este ano, que deve encolher entre 15% e 20% num comparativo com o ano passado.
A soja irá ocupar o espaço do cereal. “Não é bom, pois a rotação de cultura fica comprometida reduzindo a capacidade de produção natural do solo”, explica o agrônomo. Ele aponta que o ideal seria o produtor ocupar 30% de suas áreas agricultáveis com milho e 70% com soja. “Isto não está ocorrendo e acredito que, pelo menos no município, a rotação de cultura está em 15% das lavouras de verão. Por outro lado destaca o excelente investimento que os agricultores estão fazendo em tecnologia para o plantio do milho. Em média estão investindo R$ 2 mil por hectare de terra plantado com o cereal. Pela aplicação de recursos as primeiras previsões de produtividade apontam para até 200 sacas por hectare em Chapada. “Havendo clima tudo indica que teremos na safra 20012/2013 uma excelente produtividade, certamente superando todas as registradas até o momento, pois estamos numa região com grande potencial de produção do grão”, comenta Rohr. Chapada deverá reduzir de nove para sete mil hectares a área plantada com milho.

Fonte: Diário da Manhã.