Publicada: 24/04/2013
quarta-feira, 24 de abril de 2013
A história e o desempenho da produção agrícola no Estado podem ser divididos em antes e depois do plantio direto. A técnica de cultivo, surgida na década de 1970, encontrou no pioneirismo dos produtores gaúchos espaço para se desenvolver e transformou o trabalho na lavoura. Entraram na equação do agricultor as boas práticas e a necessidade de conservação do solo.
Essa mudança de modelo fez o arado ficar para trás e avançou a passos largos no Rio Grande do Sul: na década de 1990, ocupava 4% das áreas de lavouras, em 2002, 80%, e no ano passado, 90%. No Brasil, o percentual é de 70%.
- Já temos hoje uma segunda e uma terceira geração de agricultores que não conhece o arado - observa Dirceu Gassen, gestor de marketing e serviços da Cooperativa dos Agricultores de Plantio Direto (Cooplantio), entidade que teve papel fundamental na disseminação do sistema.
Na mesma proporção, vieram os resultados. Em 20 anos, os rendimentos de arroz, milho e soja cresceram 167%, 170% e 68%, respectivamente, no país. Também houve redução de 96% na perda de solo causada pela chuva. O consumo de combustível foi igualmente reduzido. A quantidade de óleo diesel usada caiu de 45 ml para 8,9 ml para cada quilo de grão produzido.
- A maior mudança do plantio direto foi justamente como prática conservacionista - reforça Gassen.
Mas a necessidade de renovação persiste: a soma de pequenos detalhes, mais do que nunca, fará a diferença. Por isso, o tema escolhido para o 28º Seminário Cooplantio, que será realizado entre 3 e 5 de junho, em Gramado, é Inovação no Agronegócio Para Produzir Mais e Melhor. Quem ganha com a evolução do campo somos todos nós.
Fonte: Zero Hora.