Publicada: 08/04/2015
quarta-feira, 8 de abril de 2015
O Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul teve variação nula de 0,0% em 2014 de acordo com estudo divulgado pela Fundação de Economia e Estatística (FEE) nesta terça-feira, 07 de abril, na sede da instituição, em Porto Alegre. A economia gaúcha teve desempenho negativos no terceiro e quarto trimestres do ano passado cujos percentuais observados foram de -0,1% e -0,5% respectivamente, fechando o ano sem crescimento econômico quando comparamos com o ano de 2013. Os crescimentos econômicos nos setores da agropecuária e de serviços não foram suficientes para compensar a queda de 4,2% na indústria gaúcha no ano passado. O presidente da FEE, Igor Alexandre de Morais, diz que o PIB zero da economia gaúcha em 2014 não surpreende pois o Rio Grande do Sul, tradicionalmente acompanha o desempenho da economia nacional. De acordo com o presidente da FEE, o destaque para a variação nula da economia gaúcha foi a queda nas exportações para a Argentina, tradicional parceira no comércio exterior do estado.
O secretário estadual do planejamento, Cristiano Tatsch, esteve presente no ato de divulgação do PIB gaúcho de 2014 . Ele comentou o desempenho da economia do estado no ano passado. Sob o ponto de vista das contas públicas, Cristiano Tatsch finaliza sua avaliação temendo que a saúde financeira do estado possa “contaminar” a atividade produtiva em 2015.
O presidente da FEE, Igor Alexandre de Morais, comenta a perspectiva econômica do Rio Grande do Sul em 2015, levando-se em conta o ajuste fiscal do governo para tentar suprimir o déficit previsto de R$ 5,4 bilhões nas contas públicas.
Toda a produção gaúcha em 2014 que forma o PIB do estado foi estimada em R$ 331,5 bilhões no qual observou-se crescimento de 6,8% em relação aos preços praticados na venda desta produção. O PIB per capta da produção gaúcha foi estimado em R$ 29.560. Uma redução de 0,4% quando comparado com 2013. Economistas da FEE alertam para que o desempenho do PIB gaúcho em 2014 não seja alvo de comparação com o PIB nacional. O motivo é a utilização de metodologias diferentes no cálculo dos percentuais.
(Fonte: Edson de Souza, Rede Gaúcha de Rádios do Interior)