Publicada: 02/08/2013
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
Com mercado garantido e remuneração baseada na cotação da soja, a canola pode ser definida como a "queridinha" de técnicos e pesquisadores entre as culturas de inverno. Não há quem fale da oleaginosa sem citar rentabilidade, custos menores de produção e garantia de venda como fatores importantes para adoção da lavoura. Porém, mesmo com o avanço de 13,65% previsto pela Emater para a área neste ano no Estado, passando para 28 mil hectares, o número ainda é tímido em relação ao espaço ocioso no campo nesta época.
Apesar das vantagens propagadas, convencer o agricultor a implantá-la não é um processo fácil. Usada na produção de óleo para consumo humano e como matéria-prima para o biodiesel, a canola tem no perfil do produtor a principal dificuldade para ocupar a área vaga nas lavouras.
— É uma característica do produtor ser conservador. E a canola é uma cultura diferente, que exige adequações — comenta o engenheiro agrônomo da Emater Alencar Paulo Rugeri.
Comparado ao trigo, o custo de produção é cerca de 20% menor. A canola, por exemplo, precisa de apenas três quilos de sementes por hectare, contra 150 quilos da campeã do inverno. O problema da adaptação está em detalhes como o tamanho da semente e a profundidade do plantio, que exigem atenção especial sobretudo na adaptação dos equipamentos que são usados nas lavouras de soja e milho.
Fonte: Zero Hora.