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Publicada: 16/12/2019

Presença na Abertura Oficial da Colheita do Tabaco em Arroio do Tigre

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Fonte: Rádio Geração

Presente em 557 municípios da Região Sul do Brasil e principal fonte de renda para quase 150 mil produtores, o tabaco foi destaque nesta sexta-feira, 13 de dezembro, quando foi aberta oficialmente a colheita em Arroio do Tigre, na região Centro-Serra do Rio Grande do Sul. Autoridades, representantes de entidades e empresas ligadas ao agronegócio, produtores de tabaco e imprensa acompanharam o evento realizado na propriedade de Jeferson Stertz, produtor de burley de Linha Paleta. A Cotriel foi representada pelo administrador da Unidade de Arroio do Tigre, Sebastião Valdeci Mendes.

A festividade é uma promoção do governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) e com apoio do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) e da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra). No Rio Grande do Sul, o produto é cultivado por 75 mil produtores em 227 municípios gaúchos. Na safra 2018/2019 foram produzidas 312 mil toneladas em 142 mil hectares, gerando R$ 2,9 bilhões de receita aos produtores do Estado.

“O tabaco representa mais de 10% das exportações gaúchas e é, historicamente, o segundo produto mais embarcado, atrás somente da soja. Hoje é dia de resgatar o orgulho dos produtores de tabaco que com seu trabalho e dedicação mantêm o Brasil em destaque no cenário mundial, ocupando as posições de 2º maior produtor mundial e, desde 1993, de maior exportador de tabaco do mundo”, comentou Iro Schünke, presidente do SindiTabaco.

O presidente da Afubra, Benício Albano Werner, presenteou os anfitriões com um kit produtividade, composto de insumos para o plantio de um hectare de milho. Ele falou sobre as dificuldades enfrentadas pelos produtores e os desafios que o setor deve enfrentar em 2020, com a nona edição da Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco. “Precisamos fazer valer a persistência em defender os produtores de tabaco”, comentou Werner.

Segundo Ivan Bonetti, diretor de Políticas Agrícolas e de Desenvolvimento Rural da Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul, o tabaco tem uma grande relevância para a balança comercial gaúcha, ocupando o quinto lugar na lista de principais produtos do Estado gaúcho. “Cabe destacar ainda que levantamento realizado pela Emater apontou que o tabaco é a cultura que mais mantem o produtor na propriedade e que, consequentemente, mais evita o êxodo rural”, destacou Bonetti que representou o governo do Estado na solenidade.

Esta é a terceira edição do evento. Em 2017, a abertura da colheita foi realizada em Venâncio Aires, na região central do RS; em 2018, Canguçu, no Sul do Estado, sediou o evento que agora vai para a região Serra. Venâncio Aires e Canguçu têm grande tradição no cultivo de tabaco do tipo Virgínia; já Arroio do Tigre, ocupa a 15ª posição entre os municípios brasileiros produtores de tabaco e a 9ª colocação no Rio Grande do Sul, destacando-se no cultivo da variedade Burley.

“Sabemos que é de sol a sol que os produtores estão produzindo riqueza para nosso Estado e é aqui, no município, que isso acontece. Sabemos da importância do tabaco e o sacrifício que é defender essa tão combatida cadeia produtiva. Mas estamos em um novo momento, de valorização do agronegócio, e estamos confiantes”, falou o prefeito de Arroio do Tigre, Marciano Ravanello. Tendo o tabaco como principal cultura agrícola, o município tem 2.509 produtores que produziram 9.511 toneladas de tabaco na safra 2018/2019, cultivando 4.504 hectares.

Participaram ainda do evento o senador Luiz Carlos Heinzi, os deputados federais Heitor Schuch e Marcelo Moraes, o vice-presidente da Associação dos Municípios Produtores de Tabaco – AmproTabaco, e prefeito de São Lourenço do Sul, Rudner Hartei; os deputados estaduais Adolfo Brito e Kelly Moraes.

PRIMEIRA COLHEITA – A “primeira” colheita foi do tipo Burley. Os anfitriões do evento, Jeferson Stertz (39 anos) e Simone Catieli Chaves Stertz (33) – pais de Erick, de 11 anos, e Isadora, de 4 anos -, cultivam tabaco Burley há 15 safras. Nas lavouras da propriedade de 60 hectares também há cultivo de aveia e trigo no inverno e de milho (após colheita do tabaco) e soja no verão. Na safra 2019/2020, Jeferson e Simone plantaram 70 mil pés de tabaco Burley com seis galpões de cura, e a safra deverá render em torno de 9 toneladas (600 arrobas). Jeferson conta que produz tabaco por causa da rentabilidade e da assistência técnica dos orientadores. Conforme ele, outra vantagem é a possibilidade de plantar soja e ou milho após a colheita do tabaco.