Publicada: 20/04/2015
segunda-feira, 20 de abril de 2015
Apesar de ter começado na primeira semana de março, duas semanas antes do que no ano passado, a safra 2015 está quase que totalmente colhida na região de abrangência da Cotriel, restando algumas lavouras apenas em Pantano Grande e Capão do Valo, onde a colheita e mais tardia. É o que informa o gerente do Departamento Técnico da Cooperativa, Engenheiro Agrônomo Cristiano Corazza.
O período sem chuvas entre o final de fevereiro e a última semana de março afetaram, na grande maioria, dos cultivares tardios. Ao contrário do ano passado que a preocupação foi a incidência de lagartas, este ano devido à elevada incidência de chuvas nos meses de dezembro de 2014 e janeiro de 2015 fez com que a presença da ferrugem asiática também derrubasse a média de produtividade, que mesmo assim será 12% superior ao ano passado: “No geral, a produtividade em nossa área de abrangência chegou a 56 sacas de soja por hectare, maior que em 2014, quando a média final fechou em 50 sacas. As faltas de chuvas foram pontuais, tendo sido registradas quase no final do ciclo das cultivares, disse. O quadro completo da produtividade de cada Unidade está publicado nesta página.
Tendência é que área de trigo caia 30% este ano
Cristiano Corazza pontuou ainda que o planejamento do produtor para investir nas culturas de inverno, especialmente o trigo, começou cedo e , devido à quebra da safra do ano passado e o preço baixo , a tendência é de que a área de trigo caia este ano 30% em relação a 2014, totalizando 25 mil hectares em toda a região atendida pela área técnica da Cooperativa: “As condições do clima no ano passado, extremamente chuvosas e frias, fizeram com que a produtividade caísse mais de 50%, o que impactou na situação do produtor, que, com a safra de soja deste ano, recuperou as suas perdas. Mesmo assim, nossos associados estão mais cautelosos em fazer este investimento, também devido às perspectivas deste ano que apontam restrições de financiamentos, com aumento de taxas de algumas das modalidades mais procuradas”, destacou.
Segundo o zoneamento agrícola determinado pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – MAPA, a recomendação é que o plantio de trigo seja feito no período compreendido entre 21 de maio até 10 de julho, período esse que pode variar entre municípios. Conforme Cristiano Corazza, com o intenso trabalho feito no ano passado visando conscientizar o produtor para que plante cultivares com maior liquidez comercial, a tendência é que as variedades mais plantadas este ano sejam os matérias com característica de panificação, com 80 %. “É natural que o agricultor busque lucro nas culturas subsequentes com o objetivo aumentar sua capitalização. Sabemos que há uma preocupação no escoamento desta produção, devido à busca do mercado predominantemente em variedades industriais. Pedimos que os associados que ainda não adquiriram suas sementes, que entrem em contato com sua unidade de atendimento, pois procuraremos dar a melhor orientação neste momento decisivo das lavouras” finalizou.