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Publicada: 30/04/2015

Produtores devem intensificar cuidado com azevém resistente à herbicidas

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Na última sexta-feira, 17, a Cotriel realizou a reunião mensal do Departamento Técnico, com técnicos e agrônomos da Sede e Unidades. Visando proporcionar uma melhor orientação aos associados e planejar o manejo da lavoura de inverno, um dos principais assuntos discutidos foi a resistência do azevém a herbicidas, questão abordada pelo pesquisador da CCGL Tec, Mário Bianchi.

Primeiro passo é o planejamento da área a ser destinada ao trigo

O pesquisador iniciou sua explanação enfocando que é fundamental que o produtor ao decidir plantar o trigo pense a curto, médio e longo prazo. Para ele, tudo começa no estabelecimento da lavoura, organizando a propriedade para fazer o melhor cultivo possível do trigo, para que o cereal consiga expressar o melhor potencial produtivo possível. “Escolher os herbicidas que vão compor a dessecação e o controle em pós-emergência é um passo decisivo, mas mais importante ainda é escolher áreas com baixa infestação de azevém, pois caso isso aconteça o controle será mais eficaz e mais barato.

Mário considerou ainda que no médio prazo, além de plantar na atual safra, é preciso já ir pensando que terra será destinada no ano seguinte ao trigo, pois somente desta forma é possível reduzir a quantidade de azevém que vai germinar na lavoura. No longo prazo, a nossa recomendação é a rotação de culturas, principalmente com o plantio do milho, que reduz em até 90% a quantidade de plantas daninhas, pois a resteva proporciona baixa condição de desenvolvimento de azevém, pois se desseca o azevém antes de plantar o milho e quando o milho está implantado se controla o azevém com herbicidas a base de atrazina. Este último aspecto consideramos importante porque se reduz quantidade, pois diminui a preocupação com dessecação e controle em pós-emergência e junto com isso se está fazendo um manejo que visa reduzir a quantidade de plantas de azevém resistentes à herbicidas”, lembrou.

Combinação de herbicidas pode controlar melhor as plantas daninhas

Um outro aspecto considerado por Mário Bianchi foi sobre a resistência cada vez maior do azevém a alguns herbicidas, o que restringe o número de produtos disponíveis e que sejam eficazes no combate à esta erva, dificultando que o produtor consiga combate-la de forma mais ágil e segura: “ A dessecação do azevém deve ser feita de forma a proporcionar que o trigo seja plantado sem a presença de qualquer invasora. O ideal é fazer uma aplicação sequencial, proporcionando o controle primeiro das plantas maiores e a reaplicação deve ser feita um pouco antes da semeadura, visando combater as plantas menores.

No que diz respeito ao controle da buva, Mário disse que a hora de combate-la é agora, no outono: Devido à umidade, aliada às temperaturas que ainda não estão tão baixas quanto se espera, esta erva-daninha germina mais rapidamente e pode ficar tão fora de controle que impedirá um melhor desempenho da lavoura de soja, principalmente nas áreas de pastagem, as quais precisam de ainda mais cuidados. Muita atenção, pois o segredo da boa semeadura da soja passa pelo cuidado que se tem com as culturas que se conduz durante o inverno, principalmente o controle da buva”, finalizou.