Publicada: 15/07/2014
terça-feira, 15 de julho de 2014
De malas prontas e disposição para aprender, agricultores e pecuaristas brasileiros estão reduzindo a distância entre a realidade das fazendas do Brasil e a de outros países. Em viagens técnicas a propriedades rurais e feiras no Exterior, produtores têm vencido a barreira geográfica e do idioma para conferir de perto o que americanos, chineses ou australianos fazem para alcançar altas produtividades em lavouras de grãos e na criação de animais.
— Há pouco mais de 10 anos, essas viagens técnicas eram muito raras. Hoje, a procura aumenta 30% ao ano, em média — calcula Frank Partington, diretor-executivo da Agromundi, agência de turismo paulista voltada ao agronegócio e com atuação em todo o país.
Feiras agrícolas como a Farm Progress Show, um dos maiores eventos mundiais de tecnologia rural, realizada nos Estados Unidos, são um atrativo para estimular o produtor a viajar. No mesmo roteiro, normalmente de pouco mais de uma semana, há visitas técnicas a propriedades e a instituições de pesquisa — com tradutores contratados. O investimento é de pelo menos R$ 8 mil.
— Antigamente, eram empresas multinacionais que pagava essas viagens. Hoje, os próprios agricultores bancam, pois entendem a importância de conhecer a realidade de produção e de logística de outros países — afirma Partington.
O aumento da procura por roteiros técnicos é verificado não apenas em agências especializadas, mas no mercado de viagens em geral.
— É um roteiro um pouco mais caro do que o de turismo tradicional, mas é compensado pela troca de experiência nos negócios — diz Danilo Martins, presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens no Estado (Abav-RS).
Fonte: Zero Hora