novidades

noticias

Publicada: 04/12/2025

Safra de trigo encerra na região de Salto do Jacuí e soja avança com bom estabelecimento e foco em manejo

quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

Fonte: Setor de Comunicação

O Técnico Agrícola da Unidade da Cotriel de Salto do Jacuí, Igor Silveira, avalia que a colheita do trigo já está concluída em todas as regiões atendidas, com resultados um pouco abaixo das expectativas iniciais dos produtores. As produtividades variaram entre 40 e 70 sacas por hectare, desempenho que acompanha o cenário observado em várias áreas do Rio Grande do Sul, onde a média regional também oscilou dentro dessa faixa, principalmente em função do nível de investimento e do manejo adotado em cada lavoura. Igor ressalta que, nas áreas em que o produtor aplicou maior tecnologia, os rendimentos se aproximaram do teto esperado, enquanto lavouras com menor investimento sentiram mais os efeitos de clima e de limitação nutricional.​

Em relação à qualidade, o técnico destaca que a maior parte dos lotes colhidos apresentou peso hectolítrico em torno de 78, patamar valorizado pela indústria moageira e que agrega valor ao produto final. Lavouras colhidas mais tardiamente, ou em condições menos favoráveis, tiveram qualidade um pouco abaixo desse índice, mas, no geral, a região conseguiu manter um padrão considerado bom de classificação de grãos, o que contribui para melhores oportunidades de comercialização.​

Olhando para as próximas safras, Igor observa o crescimento consistente da canola na região, cultura que vem se consolidando como importante alternativa de inverno no sistema de rotação. Segundo ele, muitos produtores têm obtido retornos na faixa de R$ 1.800,00 a R$ 2.000,00 por hectare, o equivalente aproximado a 15 sacas de canola, resultado que, em termos de renda, exigiria cerca de 30 sacas de trigo para ser alcançado. Estudos econômicos reforçam que a canola, bem manejada, tende a apresentar boa rentabilidade e baixa probabilidade de prejuízo, o que explica o interesse crescente dos agricultores pela cultura.​

Quanto à soja, a semeadura na região está entre 85% e 90% concluída, com perspectivas positivas. Igor relata que, até o momento, as lavouras apresentam boa germinação e ótimo desenvolvimento inicial, sem registros significativos de falhas ou necessidade de replantio. Ele enfatiza a importância do uso de semente certificada para garantir alto índice de germinação, vigor e pureza, lembrando que sementes sem certificação representam risco à uniformidade da lavoura e podem comprometer o potencial produtivo. Alguns produtores optaram por segurar o plantio em áreas com umidade limitada, aguardando a próxima chuva para concluir a implantação em condições mais seguras de estabelecimento.​

Nos próximos dias, o foco do trabalho técnico será acompanhar as primeiras intervenções culturais nas lavouras de soja já estabelecidas. Em várias áreas, dezembro marcará o início dos manejos de controle de plantas daninhas, essenciais para manter as lavouras limpas e evitar a competição por água, luz e nutrientes. Igor destaca que os primeiros tratos, feitos no momento correto e com estratégias ajustadas para cada área, são decisivos para garantir um arranque saudável da cultura e preparar o terreno para uma boa produtividade ao final do ciclo.

Assista a entrevista completa no link abaixo que está em nosso canal no Youtube.