Publicada: 06/01/2017
sexta-feira, 6 de janeiro de 2017
O cuidado com a dessecação pré-colheita é fundamental nesta safra, já que a prática pode trazer muitos prejuízos aos agricultores. Por si só, este procedimento já causa menor rendimento e compromete a qualidade dos grãos de soja. E com a ajuda das chuvas continuas, após a aplicação, é comum a germinação antecipada dos grãos e vagens.
A dessecação da soja é uma prática que só deve ser utilizada em áreas de produção de grãos, com o objetivo de controlar as plantas daninhas ou uniformizar as plantas com problemas de haste verde/retenção foliar.
Caso seja necessária a dessecação pré-colheita, é importante observar a época apropriada para executá-la. Aplicações realizadas antes de a cultura atingir o estádio R7 provocam perdas no rendimento. Esse estádio é caracterizado pelo início da maturação (apresenta uma vagem amarronzada ou bronzeada na haste principal).
Os produtos utilizados são o paraquat (na dose de 1,5 a 2,0 L/ha do produto comercial), ou diquat na mesma dosagem. Doses mais elevadas devem ser utilizadas em áreas com maior massa foliar. No caso de predominância de gramíneas, o ideal é utilizar o Gramoxone. Quando houver predominância de folhas largas, principalmente corda-de-viola, deve-se utilizar o Reglone.
A dessecação em pré-colheita de campos de sementes de soja convencional com glyphosate não deve ser realizada, uma vez que essa prática acarreta redução de qualidade de sementes, reduzindo seu vigor e germinação, devido ao não desenvolvimento das radículas secundárias das plantas.
Para evitar que ocorram resíduos no grão colhido, devemos observar o intervalo mínimo de sete dias entre a aplicação do produto e a colheita.
Por fim, em função das condições climáticas desta safra, é recomendável que agricultores evitem a dessecação pré-colheita.
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Fonte: Canal Rural
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