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Publicada: 28/01/2013

Soja fecha semana em alta com clima adverso na América do Sul

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Os futuros da soja encerraram os negócios em terreno misto, refletindo o foco do mercado voltado, principalmente, sobre o andamento do clima na América do Sul.

Os negócios no cenário internacional vêm acontecendo a cada nova previsão climática para Brasil e Argentina. Adversidades em algumas importantes regiões produtoras dos dois países poderiam provocar algumas perdas, aumentando a preocupação do mercado sobre uma possível redução da demanda, fator, portanto, que traz sustentação aos preços.

"Há problemas pontuais em alguns lugares do Brasil e na Argentina e enquanto isso estiver acontecendo o mercado não vai retirar o prêmio climático até que se tenha uma certeza na América do Sul", afirma o analista Carlos Cogo, da Consultoria Agroeconômico.

Por outro lado, nas últimas sessões dessa semana, o mercado recuou diante das notícias de chuvas registradas na Argentina e da possibilidade de mais algumas para os próximos dias. Porém, essas informações não foram capazes de manter as baixas por muitas sessões, haja vista que entre quinta (24) e sexta-feira (25) o mercado conseguiu recuperar parte dessas baixas.

Além do clima incerto na América do Sul, o que também estimula a recuperação do mercado e indica, segundo analistas, uma sustentação para as cotações no curto prazo, é a demanda mundial por soja, que se mostra muito forte e agressiva. Nessa semana, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportaram a venda de 510 mil toneladas de soja para a China, reforçando essa notícia.

Para Cogo, a nação asiática já demonstra que seu ritmo de compras segue bastante aquecido, mas os chineses, por outro lado, deverão esperar um baixa dos preços com a entrada da nova safra da América do Sul, que deverá acontecer de forma mais consistente em cerca de 30 dias. "Com a chegada da soja brasileira e argentina haverá um volume concentrado de oferta em um mesmo período e não será possível escapar de uma pressão de baixa", explica.

Entretanto, o que poderia mudar esse cenário de preços possivelmente menores seria um apagão logístico no país que, segundo Cogo, já é uma situação que começa a sair das especulações e passam a ser realidade. O congestionamento nos portos, o frete mais caro e mudanças na lei do caminhoneiro são alguns fatores que vão impactar no custo final da soja, bem como atrasar a entrega do produto e reduzir a renda do produtor brasileiro.

(Fonte: Notícias Agrícolas)