Publicada: 20/05/2014
terça-feira, 20 de maio de 2014
“Comecei esse trabalho em 2008 com monitoramento de lagartas desfolhadoras como a anticarsia e apseudoplusia (falsa-medideira). Mas sobre a nova praga do momento, a Helicoverpa armigera, ainda não temos dados na agricultura de precisão. No entanto, acredito que as mesmas ferramentas que usamos para os insetos-pragas que já vem ocorrendo nas lavouras possam ser utilizadas, inclusive com potencialidade, nessa nova praga que está preocupando os produtores rurais”, explica Santi.
O pesquisador sustenta que a agricultura de precisão traz resultados econômicos para o produtor, reduzindo a aplicação de defensivos agrícolas. Ele explica que o maior desafio é convencer o agricultor a enxergar a praga e não sair largando inseticida no primeiro momento.
“Nossos resultados já mostraram que é possível detectar a ocorrência da praga, captar a informação com antecedência e monitorar até que ela alcance os níveis de controle. Além disso, os resultados mostraram também que na área monitorada e usando as ferramentas de AP houve apenas uma aplicação de defensivos, enquanto que na forma tradicional feita pelo produtor, sem monitoramento, foram três aplicações. Assim, o produtor economiza”, justifica.
Santi aponta ainda outra vantagem observada: “Uma coisa importante também, que não era objeto de estudo naquele momento, mas já visualizamos, é que o uso dessas ferramentas é traz um ganho ambiental extraordinário, ou seja, produzirmos alimentos com maior sustentabilidade” destacou ele em palestra na III Convenção de Agricultura de Precisão da Embrapa.
O pesquisador adianta que, na próxima safra da soja, o núcleo de pesquisas na UFSM fará um experimento de campo usando tecnologias de AP visando o monitoramento da Helicoverpa. “Estamos com projeto previsto para a próxima safra em função da safra que ocorreu esse surto. A ideia é auxiliar no manejo integrado e no monitoramento, principalmente para ter informação o mais rápido possível e sabermos onde ela está e poder intervir na hora e fazermos um controle maior da praga”, conclui.
Fonte: Agrolink