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Na comparação entre os três primeiros meses comerciais dos últimos seis anos, a quantidade de arroz exportado só não é maior que a de 2012, quando os preços baixos do mercado interno e a ausência de barreiras tributárias
pela Nigéria possibilitaram a exportação de 556,9 mil toneladas. Em relação ao mesmo período do ano passado, as exportações cresceram 66% e as importações caíram 32%. Entre março e maio de 2013, a balança comercial
apresentou um déficit de 92,8 mil toneladas.

O presidente do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Claudio Pereira, explica que o bom desempenho da balança comercial foi possibilitado pela combinação de dois fatores: "o primeiro é a capacitação e a qualificação das
indústrias e empresas para atuar no mercado externo e a grande divulgação do arroz brasileiro no exterior, ações que levaram ao aumento das exportações.

O segundo é o aumento do crédito presumido de 3% para 7% para as indústrias que beneficiam pelo menos 90% de arroz gaúcho, desestimulando as importações". Os principais destinos do arroz brasileiro foram Cuba, com 76,7 mil toneladas, Venezuela, com 63 mil toneladas, e Senegal, com 38,7 mil toneladas. O arroz em casca somou 86,8 mil toneladas exportadas, o quebrado, 150 mil toneladas, o descascado, 20,2 mil toneladas e o semi branqueado,
144,5 mil toneladas.

O Paraguai se mantém como a principal origem do arroz importado, com 113,2 mil toneladas - 52% do total de importações dos últimos três meses. Na sequência, estão Argentina e Uruguai, que são a origem de, respectivamente,
20% e 15% do arroz que entra no país. Teve destaque também a quantidade de arroz beneficiado proveniente da Tailândia, que foi de 29,6 mil toneladas.

Em todo o último ano comercial, o país asiático exportou apenas 520 toneladas do cereal para o Brasil.

Para Pereira, a expectativa é positiva para os próximos meses. Ele estima que o mercado deve permanecer estável e que até o fim do ano comercial (em fevereiro de 2015) sejam exportadas 1,3 milhões de toneladas de arroz, enquanto as importações devem manter a tendência de queda.
Fonte: Agrolink