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Publicada: 09/06/2014

Economia do Rio Grande do Sul cresce acima da média nacional no primeiro trimestre

segunda-feira, 9 de junho de 2014

A economia gaúcha manteve vigor acima da média da atividade no País na largada do ano. O Produto Interno Bruto (PIB) estadual do primeiro trimestre avançou 3,2% frente ao mesmo trimestre de 2013, segundo a Fundação de Economia e Estatística (FEE). No confronto com o último trimestre do ano passado, o crescimento foi de 0,4%. Os dados apontam o efeito supersafra de grãos ainda como diferencial para puxar o desempenho. O setor cresceu 6,4% na largada do ano, seguido por 3,1% dos serviços e de 1,5% da indústria - a de transformação ostentou 1,2% e construção civil, recuo de 0,6%. Em serviços, transportes lideraram com alta de 8,3%. Em 12 meses, o PIB soma alta de 6,5%, sempre descontada a inflação.

A FEE anunciou que mudança na base de pesquisa de dados industriais elevou o crescimento do PIB em 2013 de 5,8% para 6,3%. Os responsáveis pelo indicador calculado no Núcleo de Contas Regionais ressaltaram que a alta de 1,9% no emprego formal até março e de 17,9% no crédito para pessoa física sugerem condições para manter o desempenho do consumo. A alteração na composição dos itens da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), elaborada pelo IBGE e que gerou novo panorama do PIB industrial gaúcho, permitiu incluir produtos como tablets e smartphones, citou o coordenador do núcleo, Martinho Lazzari.

A indústria passou de 2,9% para 4,5%, 55% acima da apuração anterior. No País, o efeito foi menor, com alta de 42% no percentual. A indústria de transformação registrou maior impacto, elevando de 3,6% para 5,7% seu crescimento no ano passado. O valor global do PIB foi revisado para R$ 311,9 bilhões e a renda per capita dos residentes atingiu R$ 27.944,00, 16% acima da média brasileira. O setor industrial deve merecer atenção cada vez maior dos economistas e estatísticos da fundação.

A cada ano, mesmo com supersafra, Lazzari salienta que a atividade de transformação assegura menor impacto de sazonalidade (dependência aos períodos de fluxo da colheita). "A repercussão da safra foi verificada em 2013 e neste primeiro trimestre, por isso se descola do Brasil", comparou o coordenador do indicador. O PIB brasileiro subiu 1,9% frente ao mesmo trimestre do ano passado, seguindo comparação adotada pela FEE. O IBGE usou 0,2%, que reflete o desempenho entre o primeiro trimestre de 2014 e o anterior. O diretor-presidente da fundação, Adalmir Marquetti, explicou que questões locais ligados a sazonalidade comprometem o parâmetro do confronto com os dois trimestres seguidos.

O arroz desequilibrou favoravelmente ao setor, com alta de 6,5%, de janeiro a março. No segundo trimestre, o efeito soja também contribuirá. O exame se deterá nos ramos industriais, que mantiveram a escalada na maior parte do grupo, como em veículos automotores, com alta de 16%. "Isso é muito, foram 25% em 2013", ressaltou Lazzari, associando ao novo modelo da fábrica da General Motors, em Gravataí. Alimentos, com aumento de 3,6%, indicaram recuperação, frente a 2013. Derivados de petróleo e biocombustíveis avançaram 8,3%. Aqui também houve efeito da revisão da conta industrial. Biocombustíveis foi um dos itens inserido na PIM. O Estado tem diversas plantas desse produto. O ramo mobiliário cresceu 5,4%. Na transformação, produtos de fumo (efeito da queda na safra), couro e calçados e bebidas tiveram queda, com -2,7%, -2,1% e -1,9% respectivamente.
Fonte: Agrolink