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Enquanto uma massa de ar seco impede a formação de nuvens carregadas em boa parte do Brasil Central, no Sul, ao menos uma vez por semana, acontece a passagem de uma frente fria.

O último sistema passou pelo Rio Grande do Sul no sábado, dia 1 de junho e provocou chuvas fortes, com grandes acumulados em alguns municípios do Estado. Em Santo Augusto (RS), por exemplo, o acumulado chegou aos 80 milímetros. Alguns produtores do oeste de Santa Catarina reclamam do excesso de umidade, que está impedindo que as máquinas entrem em campo.

Nos dias que se seguiram à passagem do sistema, uma grande massa de ar seco de origem polar ganhou força sobre o Sul do país e derrubou as temperaturas nos três Estados da região. Em algumas áreas, as temperaturas ficaram abaixo dos três graus e favoreceram a formação de geada nas regiões da Campanha, Missões e Serra. O evento não afetou significativamente as lavouras, apenas as pastagens. No Paraná, o milho segunda safra ficou a salvo destas geadas, já que as mínimas ficaram em torno dos seis graus.

Nos próximos dias, já temos uma nova frente fria se formando sobre o Sul do país. A quinta, dia 5, será chuvosa no Rio Grande do Sul, com potencial para temporais em algumas localidades. O oeste catarinense e oeste do Paraná também podem registrar volumes significativos de chuva, o que deve interromper as atividades de campo.

No Paraná, a colheita já começou nas cidades de Francisco Beltrão (PR) e Irati (PR) e deve ficar interrompida, ao menos até este fim de semana. Nesse período, os acumulados de chuva chegam aos 130 milímetros no norte gaúcho.

Até a primeira quinzena do mês a chuva vai perdendo a intensidade, mas não cessa, e os acumulados neste período devem passar dos 200 milímetros, ultrapassando a média climatológica do mês de junho, que é de aproximadamente 150 milímetros, atrapalhando o plantio do trigo no Estado.
Fonte: Canal Rural