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Publicada: 14/05/2014

Para entender as contas do trigo

quarta-feira, 14 de maio de 2014

 O percentual de 5% de reajuste do preço mínimo do trigo concedido pelo Ministério da Agricultura — abaixo dos 16,38% pedidos pelo setor — usou como base uma planilha de custos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) de Brasília. Mas os valores do documento são diferentes de outros levantamentos feitos no Estado relacionados aos custos de produção do cereal.

Para entender a origem dessas diferenças, a Federação da Agricultura do Estado (Farsul) solicitou ao secretário de Política Agrícola do ministério, Seneri Paludo, que remeta as planilhas originais dos dados coletados com empresas e produtores gaúchos.

— Queremos a planiha do painel levantado pela Conab no Rio Grande do Sul — diz Antônio da Luz, economista da Farsul.

O pedido foi reforçado em reunião realizada na semana passada, em Brasília, da qual também participou representante da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado (Feacoagro-RS).

A polêmica está no descompasso do custo de produção. Enquanto os dados de Brasília apontam redução, outros indicadores mostram alta. Dados do Cepea para a Farsul revelam avanço dos custos de 12% nos últimos 12 meses.

— Há distorções entre as planilhas de preços do Estado e os valores usados — afirma Tarcisio Minetto, economista da Fecoagro.

A entidade apresentou nesta terça-feira estimativas para o custo da próxima safra.

Paludo afirma que as planilhas solicitadas já foram entregues e não trabalha com possibilidade de erro: os valores refletiriam momentos distintos da coleta de dados.
Fonte: Zero Hora