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Publicada: 10/03/2014

Soja traz novos benefícios ao consumidor

segunda-feira, 10 de março de 2014

Outra variedade desenvolvida pela instituição é a soja com alto teor de Ômega 3, que reduz o risco de doenças cardiovasculares. Segundo o especialista, o ácido linolênico contido nessa variedade protege o sistema cardiovascular. "A ciência não para, pois estamos vivendo uma revolução genética. Cada dia temos equipamentos mais modernos que nos ajudam a mapear o genoma", diz.

Nepomuceno explica que ao sequenciar os genes são descobertas novas substâncias que podem dar origem a plantas com alto teor nutricional. "Também estamos tentando produzir plantas mais resistentes à seca", comenta o pesquisador. Contudo, o especialista desabafa que o fomento à pesquisa no Brasil ainda caminha muito devagar, pois faltam investimentos nessa área.

Ele salienta que os Estados Unidos e a China estão bem à frente do Brasil neste segmento. Nepomuceno destaca que os EUA já estão trabalhando com animais geneticamente modificados, a exemplo de um salmão com alto índice de crescimento, resultando em um animal duas vezes mais pesado se comparado a uma espécie comum. O pesquisador recorda que os organismos geneticamente modificados são seguros, pois há muita pesquisa antes de se liberar um material.

Conforme Nepomuceno, para muitas pessoas, a transgenia é uma questão ideológica, já que elas não entendem o que realmente é a tecnologia. "Só a informação pode desmistificar essa questão", observa. Ele completa que o medo e o exagero relacionado às possíveis consequências dessa tecnologia atrasam o desenvolvimento científico no Brasil. "Além disso, as regras para a liberação de um produto são muito rígidas", completa.

Saúde
Além dos aspectos nutricionais, novas pesquisas estão buscando na oleaginosa elementos que trazem benefícios à saúde. Uma delas, que vem sendo estudada pela Embrapa, é uma soja e um milho que sintetizam o hormônio do crescimento humano. Outra pesquisa estuda uma variedade de soja voltada para a produção de insulina. Contudo, tais variedades visam somente a produção de fármacos e não deverão ser utilizadas para a alimentação humana ou de animais. O estudo conta com a participação da Universidade de Campinas (Unicamp). (R.M.)
Fonte: Agrolink