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Publicada: 19/10/2020

Técnicos da Unidade de Capão do Valo instalam coletor de esporos da ferrugem da soja em propriedades

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Fonte: Setor de Comunicação e Aepen Paraná

Os técnicos agrícolas Uilian Leão e Joel Marchioretto instalaram nas propriedades dos associados Laércio Streck e José Osmar Vieira os coletores a fim de levantar a presença destes esporos, que causam ferrugem na soja, no ar e o momento que estes podem estar chegando à região.

O coletor, idealizado pelo engenheiro agrônomo Seiji Igarashi, professor aposentado da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Na década de 1970, ele foi utilizado para monitoramento da brusone, uma doença do trigo, e posteriormente adaptado pela Emater para lavouras de soja. O equipamento é instalado em pontos estratégicos de propriedades rurais, denominadas Unidades de Referência, e detecta a presença de esporos do fungo Phakopsora pachyrhizi, responsável pela doença.

Gestores de vários pontos no Paraná explicam que onde não há uso do coletor a aplicação dos fungicidas é calendarizada. Ou seja, aplica-se o produto sem saber se o patógeno está presente na lavoura, implicando em aumento de custos de produção. Nesse sentido, o Paraná é referência mundial. Estados, como Bahia, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul,  buscaram entender e aplicar o sistema. O coletor tem produzido resultados consistentes nas safras do Paraná, dando subsídio aos profissionais da assistência técnica, que orientam nossos agricultores com informação segura.  O método tem sido desenvolvido com pesquisas e capacitações, oferecendo uma informação de alta qualidade para o setor produtivo.  O sistema, na opinião dos seus idealizadores das estações paranaenses também ajuda a aumentar a vida útil dos fungicidas, diminuindo a resistência do fungo.

Como funciona

O coletor é feito de PVC. Dentro dele há uma lâmina de microscopia com uma fita adesiva, que coleta os esporos – estruturas reprodutivas do fungo que circulam no ar. A cada duas semanas, as lâminas são analisadas. Apesar da eficácia, os técnicos Joel e Uilian recomendam que os agricultores considerem o estágio da cultura e as condições climáticas para fazer a aplicação.

Assista aqui a entrevista pelo Youtube.