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Publicada: 15/05/2014

Uso de aviões na agricultura deve crescer 7% em 2014

quinta-feira, 15 de maio de 2014

 Números da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) indicam que o setor aumentou 33% nos últimos cinco anos e desde 2010, quando as aeronaves agrícolas passaram de 1.044 para 1.581, as variações são positivas.

"Os principais benefícios da aviação são agilidade, possibilidade de tratamento em áreas onde equipamentos terrestres não podem atuar, como culturas irrigadas e após chuvas, evitando o amassamento da plantação. Para grandes propriedades e quando há necessidade de soluções de urgência - no caso do controle de pragas - esta é a solução mais eficaz", afirma Paim.

O presidente do Sindag destaca a soja, arroz, cana-de-açúcar e milho como as culturas que mais demandam para o segmento de aviões agrícolas. "A maior concentração está no eixo Sul-Sudeste, entre os estados do Mato Grosso, Rio Grande do Sul e São Paulo, respectivamente", diz.

Só os modelos do Ipanema, avião da Neiva - subsidiária da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) - detém em torno de 65% do mercado. A companhia entregou mais de 1.300 unidades desde o início da fabricação, há 40 anos. Estima-se que só em 2013 tenham sido 70 unidades entre o Brasil e os países do Mercosul.

Segundo o gerente comercial da Embraer para o programa Ipanema, Fábio Bertoldi Carreto, "este é o único modelo no mundo homologado para operação com 100% de etanol". Atualmente, cerca de 40% da frota em operação é movida pelo biocombustível e aproximadamente 80% dos aviões da marca são vendidos com essa configuração.

Com relação a preço, as versões básicas do Ipanema - EMB-202 movido a querosene de aviação (AvGas) - e o EMB-202A a etanol - custam R$ 940 mil e R$ 950 mil, na sequência. Para a aquisição, as principais condições de financiamento são: Finame, BNDES - pagamento mensal, semestral ou anual (até 2 anos de carência), financiamento de 100% do valor do bem, juros de 4,5% ao ano pelo programa PSI e quitação em até 10 anos; e FCO, FNO ou FNE - pagamento semestral ou anual (até 3 anos de carência), 100% do valor do bem, juros de 5,3% à 10,75% ao ano e pagamento em até 12 anos.

"O proprietário pode possuir uma aeronave própria ou terceirizar os serviços para empresas especializadas, as aeroagrícolas", lembra Carreto.

O representante da área administrativa da Aero Agrícola Solo, Matheus Nascimento, empresa que terceiriza pulverização agrícola na região do Vale do Paranapanema (SP), afirma que os pequenos produtores podem ter acesso a esta técnica, uma vez que a cobrança é feita por hectare, a partir de áreas de 20 hectares. "Os preços variam de acordo com a distância daqui até a propriedade, mas giram na faixa de R$ 25 por hectare."

Destinada aos produtores de grande e médio porte, a aviação comercial na agricultura também tem conseguido espaço no mercado. "O agricultor tem ganhos de produtividade por facilitar a transição entre propriedades distantes, estar mais perto dos clientes e fornecedores" diz o diretor da Líder Aviação, Philipe Figueiredo. As aeronaves mais comercializadas custam entre US$ 800 mil e US$ 1,4 milhão e são feitas manutenções após 50 e 100 horas de voo, que podem chegar a R$ 30 mil por ano.
FONTE: Foco Rural