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Apesar do avanço na implantação das culturas de inverno na região de atuação da Unidade do Depósito, interior de Espumoso, a semeadura ainda não foi concluída. Conforme a Engenheira Agrônoma da Cotriel, Fernanda Opelt, praticamente toda a da área destinada ao trigo já foi semeada. Além do cereal, também há cultivo de aveia tanto para produção de grãos quanto para cobertura do solo.

Fernanda avalia que, nas áreas semeadas antes das chuvas intensas, o estande de plantas e a emergência estão adequados. Contudo, ressalta que os excessos hídricos ocorridos em alguns pontos comprometeram o desenvolvimento inicial. “Em locais com acúmulo de água ou escorrimento devido ao grande volume de chuvas, houve redução no estande de plantas”, aponta.

O clima dos últimos dias também tem preocupado. “O excesso de chuva prejudicou o desenvolvimento das culturas de inverno, atrasando a semeadura em áreas que ainda não foram implantadas. Além disso, os dias com baixa luminosidade e temperaturas frias dificultam a aplicação e ação de alguns herbicidas”, explica a engenheira.

Fernanda reforça a importância do manejo eficaz de plantas daninhas, especialmente para o trigo. “O ideal é que a semeadura ocorra em áreas limpas, sem presença de daninhas, com a realização de duas aplicações para controle”, orienta. Quanto à adubação, destaca o uso do Nitrogênio em cobertura, preferencialmente dividido em duas aplicações: a primeira, entre 30 e 35 dias após a emergência das plantas; e a segunda, no perfilhamento pleno antes que ocorra a definição de todos os componentes de produtividade do trigo. 

Por fim, a engenheira lembra que é essencial realizar a análise química e física do solo antes do início da safra de verão. “É esse diagnóstico que permitirá a correção dos nutrientes e da acidez do solo, garantindo melhores condições para o desenvolvimento das próximas culturas”, conclui Fernanda.

Assista a entrevista.