Publicada: 23/02/2012
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Os números são baseados no estoque do dia 1º de setembro de cada ano, quando inicia o ano comercial americano. Naquelas datas, o relatório verifica os estoques de passagem (carry-over) dos Estados Unidos e da China, que tem mais representatividade.
Entretanto, aqueles relatórios consideram também os estoques de soja disponíveis no Brasil e na Argentina, na data de 1.o de outubro de cada ano, que não são estoques finais, mas apenas fisicamente disponíveis naquela data (porém já destinados para utilização de outubro a fevereiro quando inicia a nova safra sul-americana).
Seria o mesmo que uma empresa com ano fiscal de janeiro-dezembro apresentasse seu balancete do mês de julho, como resultado do ano. Ninguém aceitaria esta situação como verdadeira, mas no mercado da soja todos aceitam com relevância esta medida na formação e no desempenho dos preços.
Desse estoque de 60 milhões de toneladas, se levarmos em consideração como estoque final de passagem para a safra de 2012, e se descontarmos as verdadeiras perdas sul-americanas deste ano, teremos um estoque ao redor de 40 milhões de tons, que será o menor estoque dos últimos 12 anos.
A pergunta seria: por que prestamos tanta atenção em uma provável quebra nas
safras de soja, quando no mundo existem 60 milhões de toneladas de estoque???
Uma coisa eu garanto: se existisse esse estoque de soja no mundo, os preços
da soja não passariam de US$ 5.00 por bushel na Bolsa de Chicago.
Fonte: Notícias Agrícolas.