Publicada: 16/09/2025
terça-feira, 16 de setembro de 2025
Fonte: Setor de Comunicação
O economista da Farsul, Antonio da Luz, ministrou uma palestra que uniu conceitos de inovação, gestão e cenário econômico para o agronegócio. Logo no início, destacou que inovação vai além de grandes avanços tecnológicos, sendo, acima de tudo, a criação de processos que transformam ideias em soluções capazes de gerar valor. “Às vezes não é preciso de alta tecnologia, mas sim de uma tecnologia suficiente para fazer algo bem feito”, afirmou.
Ao abordar a sequência de quebras de safra enfrentadas entre 2020 e 2025, o palestrante salientou que não há paralelo histórico no Brasil ou no Rio Grande do Sul, e que diante de situações como essas não há como o produtor se preparar totalmente. A recomendação, segundo ele, é que nos anos de bons resultados os agricultores priorizem a redução de endividamento e o aumento da liquidez, em vez de expandirem áreas de forma precipitada. “Primeiro capitaliza, depois cresce”, reforçou.
Da Luz também alertou para os riscos do arrendamento desmedido, que muitas vezes se torna inviável, mesmo em safras de boa produtividade, quando não são feitas as contas corretamente. Ele destacou que cada produtor possui uma realidade financeira diferente e que decisões precisam estar alinhadas ao fluxo de caixa de cada propriedade.
Sobre o mercado, o economista trouxe uma visão positiva para os próximos anos. Com fundamentos mais apertados na relação entre produção e consumo da soja, a expectativa é de estoques menores e preços melhores. “Se nada mudar, teremos em 2026 preços médios superiores aos de 2025”, projetou.
Assista a entrevista que foi concedida no primeiro dia da ImpactaCoop dia 20 de agosto.