Publicada: 21/06/2012
quinta-feira, 21 de junho de 2012
As condições de clima adverso nos Estados Unidos ainda dão sustentação ao preços. A falta de chuvas e as altas temperaturas vêm preocupando os produtores e chamando a atenção dos trades, já que a redução da produtividade implicaria em uma produção e estoques ainda menores nos Estados Unidos. "É o já conhecido weather market (mercado climático)", disse o analista de mercado Flávio França, da agência Safras & Mercado.
Os mapas climáticos apontam que pontos importantes no Corn Belt - principal região produtora de grãos do país - irão receber volumes de chuvas bem abaixo do normal, o que torna a situação ainda mais preocupante. No estado de Indiana, e no Delta do Rio Mississipi a umidade do solo está bastante baixa e o clima é predominantemente seco. Caso as condições continuem assim, "pode haver perdas na safra em um ano que não poderia haver", disse França, e isso deve manter os preços elevados.
Porém, mesmo operando do lado positivo da tabela, há um movimento de realização de lucros por parte dos trader depois das altas de mais de 60 pontos registradas ao longo dos negócios desta terça-feira (19). Não houve novidades sobre a demanda e isso acaba exercendo uma leve pressão sobre os preços. No entanto, o analista ratifica que isso não sinaliza uma inversão da tendência de demanda, apenas uma retração momentânea e pouco expressiva.
O analista diz ainda que a peça-chave do mercado agora é o clima e deve continuar sendo nos próximos quinze dias. Dessa forma, caso persistam as condições de tempo seco e quente, os preços da soja podem buscar novas altas.
Enquanto a soja registrou seu quarto dia consecutivo de alta, os preços do milho caminharam sem uma direção definida em Chicago e terminaram o dia no misto. Esse mercado de lado reflete também uma realização de lucros depois de ontem o grão ter subido mais de 11 pontos nos principais vencimentos.
Além disso, analistas afirmam que mesmo que a produção norte-americana venha a registrar uma quebra por conta de problemas climáticos, o volume produzido será historicamente alto, perspectivas que já vêm pressionando o mercado há algumas sessões.
Fonte: Notícias Agrícolas.