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Publicada: 27/07/2012

Médico veterinário da Cotriel visita propriedades no Uruguai

sexta-feira, 27 de julho de 2012

País essencialmente agrícola, menor que o Rio Grande do Sul, com uma população de 3,250 milhão de habitantes, que tem um PIB 40 vezes menor que o do Brasil, e onde a produção leiteira advém de propriedades com instalações muito simples. Em 2011, a produção de leite cresceu 20%, colocando o Uruguai como 5º maior exportador mundial.
Cláudio Antunes revelou que as propriedades uruguaias visitadas foram principalmente as de recria, que têm em média de 300 a 400 animais, salas de ordenha muito simples, mas eficientes, praticamente não diferindo um tambo de leite do outro, com cada estábulo sendo composto de uma ordenhadeira e um resfriador à granel, que apesar da simplicidade possuem uma baixíssima contagem bacteriana, menos de 6000 cs, produzindo leite com muita eficiência e com apenas três funcionários, que cuidam em média de 300 vacas cada um. “A produção por animal é em torno de 20 litros por dia. O preço pago pelo leite lá é de U$$ 0,40, o melhor da história daquele país, mas que com o fim dos antigos contratos e a renovação em agosto, certamente vai baixar, sendo que 70% do leite produzido é exportado com custo baixo, devido à necessidade de competir com os concorrentes externos. Cinco empresas apenas captam o leite em todo o país, sendo que somente a Conaprole, que capta 70% dos lácteos, é controlada pelo Governo. O preço médio da ração é de U$$ 0,30 o quilo e são fornecidos 400 gramas de ração por litro de leite.
Apesar da suplementação da ração ser grande e a chuva anual não passar de 1250 milímetros, a produção de leite ainda é a base de pasto, com aveia e azevém no inverno e milho e sorgo no verão, predominando esta última devido à baixa precipitação registrada. Outro fator que ajuda é a qualidade do solo destinado à atividade, o que compensa o período seco. Outro aspecto revelado é que a coleta de leite é feita diariamente, com carretas que passam em todas as propriedades, pois as estradas são bem conservadas. A amostra é feita a cada coleta, o que determina o pagamento por qualidade, que é feito há bastante tempo. “Recentemente, uma propriedade foi lacrada e o transportador demitido devido um produtor ter clonado uma amostra do seu vizinho, o que mostra que o Uruguai leva muito a sério a qualidade do leite”, destacou o representante da Promilk, Marcus Vinícius de Araújo. Já o médico veterinário da Cotriel, Cláudio Antunes, salientou que a eficiência dos produtores é muito grande e que os uruguaios entenderam que é fundamental se profissionalizar: “Outro fator que temos de considerar, é que a cultura naquele País é voltada exclusivamente aos lácteos, pois eles têm variedades de pastagem que se adaptam ao clima seco e produzem o ano todo, ao contrário do Rio Grande do Sul, que em setembro já tem de dessecar as pastagens, retirar as vacas e plantar a soja”, ressaltou.